Vacina dTpa pode ajudar a prevenir doença do filho de Fernanda Rodrigues
Esta vacina ajuda a prevenir uma versão bacteriana do Crupe conhecida como difteria, entenda
A atriz Fernanda Rodrigues contou que passou por um verdadeiro pesadelo quando viajou com a família para a Disney, nos Estados Unidos. Isto porque o filho caçula de Fernanda, Bento de apenas 10 meses, começou a ter uma tosse estranha e falta de ar, que depois ela veio saber que se tratava do Crupe, doença que afeta o sistema respiratório. Você pode ver o relato da atriz sobre o caso aqui.
Agora, o pequeno Bento está bem e a família já retornou para o Brasil. Porém, saiba que existe uma vacina que a mãe pode tomar tanto na gestação quanto no pós-parto que contribui para a prevenção do Crupe. Trata-se da tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa).
Isto porque de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o Crupe se caracteriza por um grupo de doenças que pode ser causada por diversos vírus ou bactérias, e se manifestam clinicamente com os seguintes sintomas: rouquidão, tosse ladrante, estridor predominantemente inspiratório e graus variados de desconforto respiratório. Quando esta síndrome é causada por vírus, denomina-se crupe viral. Porém, quando é causada por uma bactéria, pode tratar-se da difteria.
Em seu relato, Fernanda Rodrigues não especificou se o Crupe foi causado por vírus ou bactéria. No caso da difteria, é possível prevenir a doença por meio da vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa).
Esta vacina tem como objetivo imunizar contra o tétano, coqueluche e difteria, estas doenças são muito perigosas e podem ser letais para o recém-nascido, especialmente a coqueluche. Como o bebê só irá começar a se imunizar contra essas doenças aos dois meses de vida. É importante que a mãe esteja imunizada, desta forma ela consegue transmitir seus anticorpos ao bebê por meio do leite materno.
Quando a mãe e outros familiares estão vacinados, o risco deles contraírem estas doenças também diminui, fazendo com que consequentemente o bebê fique mais protegido.
Esquema de doses da vacina
O esquema de doses dessa vacina para adultos e crianças é o seguinte:
Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
Recomendada para o reforço na adolescência.
Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação entre a 27a e a 36a semana de gestação. Quando não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose da vacina o mais precocemente após o parto (de preferência ainda na maternidade).
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.
Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.
A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.
A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).
Onde encontro essa vacina?
Infelizmente, a dTpa só está disponível na rede pública para gestantes e profissionais de saúde. De modo que para as outras pessoas ela pode ser adquirida na rede privada de vacinação.
Veja as vacinas que as mães de bebês precisam tomar aqui.
Fontes consultadas:
Centro de Controle de Doenças do Governo dos Estados Unidos
Sociedade Brasileira de Imunizações
Sociedade Brasileira de Pediatria