Ansiedade da separação no bebê: causas e como lidar
A seguir, esclareça todas as suas dúvidas sobre a ansiedade da separação no bebê
A ansiedade da separação no bebê é comum geralmente a partir dos quatro meses de vida e costuma ser bem intensa aos nove meses e tende a acabar por volta dos 12 meses. Trata-se de algo normal no processo de desenvolvimento dos pequenos. Mas é claro que muitos pais podem estranhar e não entender bem por que seu bebê que antes ia com todo mundo e ficava bem se a mãe precisava dar uma saidinha, de repente começa a estranhar outras pessoas e a querer só a mãe e/ou o pai.
Causas da ansiedade da separação
Bom, saiba que esta mudança de comportamento do bebê é normal e ocorre porque conforme o pequeno cresce ele começa a entender o quão dependente ele é da pessoa que cuida dele. Isto pode não incluir apenas o pai e a mãe, mas também os avós ou profissionais da saúde que cuidam dele.
Conforme o bebê passa a entender melhor o que ocorre a sua volta, ele começa a não se sentir muito seguro quando fica longe do pai ou da mãe ou de outro cuidador. Isto também pode fazer com que o bebê não goste de alguma situação nova ou de ter que lidar com uma pessoa nova.
Como lidar com a ansiedade da separação
A ansiedade da separação pode tornar difícil para os pais deixarem o bebê na creche ou com outro cuidador para que possam ir trabalhar. Até mesmo deixar o bebê com outra pessoa para uma saída curtinha, como ir ao mercado, pode ser difícil.
Primeiro, diante deste tipo de situação é importante que a mãe não se sinta culpada. Lembre-se que a ansiedade da separação é algo que ocorre naturalmente no desenvolvimento do bebê e, além do mais, se seu bebê tem a ansiedade da separação, isto significa que ele tem um laço realmente muito forte com a mãe e/ou pai.
Diante da ansiedade da separação é importante que o pai e/ou mãe procurem transmitir o máximo de segurança ao filho e que deixem claro que vão sair, mas que irão retornar. Algumas boas dicas para lidar com a ansiedade da separação são:
Não saia sem avisar: é importante sempre avisar o seu bebê quando estiver saindo, sair sem avisar só vai aumentar a ansiedade do pequeno.
Tente não sair quando o bebê estiver cansado, com fome ou doente: Quando o bebê está com fome, cansado ou doente é importante tentar ficar com ele e ajuda-lo. O pequeno realmente precisa dos pais neste momento.
Mantenha uma rotina: manter uma rotina ajuda muito a lidar com a ansiedade da separação. É importante que os pais combinem horários com o filho e os cumpram. Isto irá transmitir segurança para a criança. É importante deixar claro que o horário deve ser combinado de acordo com o que a criança consegue entender. Por exemplo, ao deixa-la na creche não adianta dizer que voltará daqui a seis horas, porque a criança provavelmente não tem essa noção de tempo. Ao invés disso, tente dizer o que vai acontecer no dia dela até você chegar, diga algo como: “filho você vai brincar na creche, depois vai almoçar, depois nanar, depois vai brincar um pouco mais e então eu vou chegar!”
Fale sobre o que vocês vão fazer depois: falar com o bebê sobre o que vocês vão fazer juntos quando a mamãe voltar para busca-lo ajuda muito. Você pode dizer algo como: “Quando a mamãe voltar para te pegar, nós vamos fazer compras juntos para o jantar”.
Deixe algo para confortar o bebê: quando for sair você pode deixar algo com seu bebê para que ele possa se identificar com você, como um brinquedo com o qual você costumam brincar juntos ou algo que tenha o seu cheiro.
Faça com que a hora de dizer “tchau” seja positiva: O momento do “tchau” definitivamente não é fácil para os pais. Porém, é importante se esforçar para que o bebê não perceba que você está triste ou insegura. Sorria e tente transmitir o máximo de segurança que puder para o bebê. Assim, a hora do “tchau” ficará mais fácil para o bebê.
Caso a ansiedade da separação esteja fazendo com que seu bebê fique muito mal por um período de tempo longo é importante conversar com o pediatra sobre o assunto.
Fonte consultada:
Academia Americana de Pediatria
Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido