Jogo Baleia Azul estaria ligado à tentativa de suicídio de criança no RJ
Polícia está investigando o caso, Baleia Azul tem se popularizado cada vez mais entre pré-adolescentes e adolescentes
Um jogo na web chamado Baleia Azul pode ter sido o responsável pela tentativa de suicídio de uma menina de 12 anos no Rio de Janeiro. A menina tentou se matar dentro do colégio. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCI) e os investigadores estão analisando a possibilidade da tentativa de suicídio ter sido incentivada pelo jogo. “Vamos investigar tudo, participantes e curadores”, explicou a delegada assistente Fernanda Fernandes, responsável pelo caso ao portal G1.
Segundo ela, a investigação começou a partir de uma vítima que entrou no aplicativo, mas foi descoberta pela mãe. “A mãe descobriu e nos procurou, e a partir daí iniciamos uma investigação”, explicou a delegada.
O jogo Baleia Azul e como proteger seu filho
O jogo Baleia Azul começou na Rússia e foi se popularizando entre crianças maiores, pré-adolescentes e adolescentes em todo o mundo e agora chegou ao Brasil. O jogo é disputado nas redes sociais. Nele, um grupo de organizadores chamados de “curadores” propõe 50 desafios macabros aos participantes. Alguns exemplos são: tirar fotos assistindo filmes de terror, automutilar-se e ficar doente. A última missão do jogo é cometer suicídio.
O jogo cresceu tanto e é tão perigoso que em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação.
Em 2015, uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um edifício e dias depois uma adolescente de 14 anos se atirou em um trem. Ambos os casos foram investigados e a polícia descobriu que as mortes foram motivadas pelo jogo Baleia Azul.
Diante desses casos, a orientação para os pais é: acompanhar o uso da internet que seus filho fazem, frequentar as redes sociais dos filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira.
Também é importante ter atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.