Polêmica: de papinha a roupa lavada, escola de SP faz TUDO pelos pais
Escolinha particular atende bebês e crianças, dos 4 meses aos 6 anos, entenda
Uma escolinha particular de São Paulo que atende bebês e crianças com idades entre quatro meses e seis anos, tem gerado polêmica entre pais, mães e educadores. Isto porque a escolinha oferece diversos outros serviços, que costumam ser responsabilidade dos pais.
Na escolinha Ponto Omega, onde os pais podem deixar seus filhos das 8:00 até às 20:00, existem serviços como: uniforme lavado, papinhas e comidinhas, e também há opções congeladas para finais de semana, férias e feriados, e até mesmo corte de cabelo, pode ocorrer na escola!
Outro serviço da escolinha é oferecer professores e assistentes como babás para os pais nos finais de semana em que eles têm algum compromisso. A mãe e advogada Kelly Schwartz, de 42 anos, matriculou o filho João Guilherme aos 4 meses na escola e já usou todos os serviços ofertados. Hoje ele está com 3 anos. Kelly contou em entrevista ao portal do Estadão que, até o menino completar 2 anos, todas as refeições que fazia em fins de semana, feriados e férias eram compradas no colégio. “Nunca precisei fazer uma papinha de bebê na vida.” Kelly disse também já ter contratado as professoras como babás, por serem pessoas em quem confia e conhecidas do menino.
A diretora defende os serviços do colégio. “Se a gente consegue eliminar algumas preocupações dos pais, eles têm mais tempo livre e disposição para se dedicar à criança”, explicou a diretora da escola, Maria Gruppi em entrevista ao portal Estadão.
A diretora também afirmou que não vê problemas no fato dos pais terceirizarem esses serviços com a escola. “O que não podem é terceirizar afeto, carinho, companhia. Já serviços técnicos, como corte de cabelo, cozinhar sopinha, fazer supermercado, não há problema nenhum em terceirizar. O ganho na relação entre pais e filhos é muito maior”.
Porém, alguns especialistas em educação discordam e alertam para que é preciso que os serviços do colégio não se sobreponham as práticas pedagógicas. Silvia Collelo, professora de Psicologia da Educação da Universidade de São Paulo (USP), avalia em entrevista ao portal do Estadão que atender a todas as demandas das famílias demonstra uma relação de cliente-empregador, que extrapola o papel da escola. “Os alunos devem ser vistos como seres humanos, não clientes”, afirma.
E você, o que acha do fato das escolas assumirem funções que costumam ser feitas pelos pais? Nos conte e saiba mais sobre o assunto aqui.