Seu bebê só quer colo? Entenda o motivo e veja o que fazer neste caso
Alguns bebês só querem saber do colo da mamãe. Saiba que este desejo pelo colo é natural. “Ao nascerem, os bebês mudam de um espaço justo e apertado, em que sentem na pele o contato e a sustentação, para um outro em que os limites nem sempre são sentidos. Isto gera desconforto. Não à toa choram demasiado na hora do banho, em que braços e pernas parecem buscar alguma coisa. Provavelmente, são acometidos por algum tipo de angústia, o que o colo parece minimizar: tem algo que o sustenta, não está solto no ar”, explica a psicopedagoga Rosangela Haegawa, diretora do Evolve Berçário e Colégio Infantil.
Então, o colo, o contato pele a pele, vem como um grande aliado para acalmar o bebê. “A pele dos pais é o contato que ele necessita, o toque. É interessante notar como a aproximação da mãe o acalma. Seus batimentos cardíacos são um som velho conhecido”, destaca Haegawa.
Por tudo isso, dar colo para o bebê com frequência está longe de ser um problema. “Não vejo problema, a princípio, da criança ficar no colo. O tempo todo é impossível. Mas se ela puder perceber que este colo existe e não deixará de existir, aos poucos não necessitará ficar o tempo todo nele”, conta Haegawa.
Claro que em algumas situações a frequência com que o bebê necessita de colo pode se tornar um problema para a mãe. “O problema ocorre quando aquele que cuida, percebe que não pode fazer mais nada, pois o tempo todo tem que estar com o bebê no colo. Alguém se torna escravo desta urgência do bebê por colo. Quando não se pode frustrá-lo. Este é um grande desafio para os pais, principalmente as mães, que precisam entender que algumas vezes podem e devem frustrá-los. O que não quer dizer negar-lhes o colo sempre”, afirma Haegawa.
Caso você acredite que o colo está excessivo, algumas atitudes podem ajudar a reduzir a frequência do colo. “Uma ideia é não tentar isolar o bebê. Se esta ‘necessidade’ já está instalada, o melhor é deixar o bebê no carrinho ou berço e estar por perto, falando com ele”, observa Haegawa.
Saiba mais sobre os benefícios do contato pele a pele entre a mãe e o bebê aqui.