Mãe processa médico que não viu deficiência de bebê: ‘teria abortado’
A bebê nasceu sem parte do cérebro devido a uma síndrome rara que não foi diagnosticada na gravidez
Uma mãe está processando o serviço nacional de saúde do Reino Unido por não ter diagnosticado que sua bebê tinha uma deficiência. A mãe Lindsey Shaw, 32 anos, afirma que quando estava com 21 semanas de gestação fez um ultrassom com o objetivo de detectar possíveis más formações.
No exame, feito por um médico do serviço nacional de saúde do Reino Unido em um hospital em Middlesbrough na Inglaterra, o profissional não diagnosticou más formações na menina que Lindsey esperava.
Contudo, pouco tempo após a pequena Emily nascer em outubro de 2014, os médicos diagnosticaram que ela é portadora da Síndrome de Aicardi. Esta síndrome faz com que parte do cérebro não se forme e ainda leva a problemas como: ficar parcialmente cego, dificuldades de aprendizado, incapacidade de andar e falar.
Agora, Lindsey está processando o serviço nacional de saúde do Reino Unido. Na última segunda-feira (22/07), o processo se iniciou em um tribunal em Londres. No julgamento, Emily alega que teria abortado sua filha caso o ultrassom de 21 semanas de gestação tivesse apontado a má formação.
No processo ela pede milhões de reais pelos gastos que está tendo no tratamento de sua filha especial. Ela também alega que ama sua filha e que o aborto seria cometido para não ver a filha sofrer. “Eu teria terminado minha gravidez, mas não porque ela tem uma deficiência, não porque eu não a amo, mas porque eu sabia que ela iria sofrer diariamente e não teria qualidade de vida”, afirmou Lindsey no julgamento. O caso segue sendo julgado.