Faixa no cabelo da bebê pode causar insônia e refluxo?! Confira:
Um post polêmico do osteopata José Eduardo Souza tem causado muitas dúvidas sobre o uso das faixas de cabelo nas bebês
Nos últimos dias, o post do osteopata José Eduardo Souza no Facebook tem causado grande polêmica. Isto porque na publicação ele afirma que atendeu uma bebê com sintomas de refluxo e insônia e que acredita que o uso da faixa de cabelo pode ter sido uma das causas destes problemas na menina. “Sabemos que a sutura occiptomastóide pode sofrer uma compressão devido ao uso dessa faixa, o nervo vago (que comanda o sistema gastrointestinal) passa próximo deste local mais precisamente forame jugular e pode ter sua função alterada, podendo gerar sintomas, o uso da faixa pode estar correlacionado com os sintomas.
Estudos já comprovaram que os ossos do crânio se movimentam e no bebê esse movimento é facilmente percebido, no momento do nascimento todos os ossos do crânio são constituídos por um só tecido, a ossificação não está formada e isso permite uma flexibilidade articular imprescindível para o funcionamento de todo corpo. Diferentes fatores podem perturbar o movimento e a flexibilidade do crânio do bebê, um desses fatores pode ser essa FAIXA”, disse José Eduardo em um trecho do post.
Para entender quais os reais riscos da faixa de cabelo para as bebês, conversamos com o pediatra Tadeu Fernandes, membro da Sociedade de Pediatria de São Paulo, que afirma que não há provas científicas de uma relação entre o refluxo e a faixa de cabelo. “Não existe nenhuma documentação científica mostrando relação entre faixa e refluxo. São suposições não científicas”, afirma Tadeu Fernandes.
Quanto à insônia, o pediatra diz que de fato pode existir uma relação entre dificuldades para dormir e uma faixa de cabelo apertada. “É como se você fosse dormir com um pijama apertado, você vai se sentir incomodado e terá dificuldades para dormir enquanto não tirar o pijama”, observa Tadeu Fernandes.
O pediatra orienta que as mamães não coloquem suas bebês para dormir com a faixa de cabelo devido ao risco de sufocação. Porém, tirando a hora do sono, Tadeu Fernandes afirma que o uso da faixa de cabelo não causa riscos para as bebês. “Só não use a faixa muito apertada, evite as versões elásticas que apertam muito”, conclui Tadeu Fernandes.
Sobre a osteopatia
A osteopatia é um ramo da medicina alternativa e que tem como foco o tratamento do paciente com foco no reequilíbrio do corpo e não apenas da doença. No Brasil, a osteopatia é uma especialidade da fisioterapia.
A seguir, veja na íntegra o post de José Eduardo Souza sobre as faixas de cabelo
Na última semana recebi em meu consultório um bebê com queixas de refluxo gastroesofágico e insônia, várias causas podem estar relacionadas a esses sintomas mas o que me chamou atenção foi o uso de uma faixa na cabeça. Sabemos que a sutura occiptomastóide pode sofrer uma compressão devido ao uso dessa faixa, o nervo vago (que comanda o sistema gastrointestinal) passa próximo deste local mais precisamente forame jugular e pode ter sua função alterada, podendo gerar sintomas, o uso da faixa pode estar correlacionado com os sintomas.
Estudos já comprovaram que os ossos do crânio se movimentam e no bebê esse movimento é facilmente percebido, no momento do nascimento todos os ossos do crânio são constituídos por um só tecido, a ossificação não está formada e isso permite uma flexibilidade articular imprescindível para o funcionamento de todo corpo. Diferentes fatores podem perturbar o movimento e a flexibilidade do crânio do bebê, um desses fatores pode ser essa FAIXA.
Os bebês, em alguns momentos dão sinais que a FAIXA está incomodando e interferindo em outros sistemas do corpo:
– O bebê se movimenta muito para tirar a faixa;
– O bebê muda o comportamento podendo ficar inquieto ou sonolento;
– No dia em que usou a faixa dorme mal;
– No dia que usou a faixa aumenta o refluxo gastroesofágico;
– Alteração do funcionamento do sistema gastrointestinal.
Um Osteopata pode correlacionar as disfunções do crânio com os sintomas do bebê.
O tratamento osteopático não exclui o tratamento do médico pediatra, para um beneficio maior do bebê ambos devem ocorrer simultaneamente.