Teste da orelhinha e do olhinho não é feito em 50% dos bebês no Brasil

Bruna Stuppiello

Entenda a importância do teste da orelhinha e do teste do olhinho e saiba tudo sobre o assunto

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Um estudo realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, descobriu que apenas metade dos bebês brasileiros faz o teste do olhinho e o teste da orelhinha. Com relação ao teste da orelhinha, foi observado que ele é realizado em apenas 56% dos bebês, enquanto o teste do olhinho é feito em somente 51% dos bebês no Brasil. Em ambos os casos, as regiões onde esses exames são realizados com menor frequência são: norte e nordeste. Já as regiões onde foram feitos com maior frequência são o sul e o sudeste.

Entenda o teste da orelhinha e o teste do olhinho

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o teste do olhinho é um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.

A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento. Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, vai encaminhar a criança para avaliação do oftalmologista.

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O teste do olhinho é importante porque a criança não nasce sabendo enxergar, ela vai aprender assim como aprenderá a sorrir, falar, engatinhar e andar. Para isso, as estruturas do olho precisam estar normais, principalmente as que são transparentes. O teste do olhinho pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.

Já o teste da orelhinha identifica se há perdas auditivas nos recém-nascidos. “Ele é feito entre o 2º e 3º dia de vida. Coloca-se um pequeno fone no meato auditivo externo e faz-se um estímulo sonoro breve. Se der positivo o ouvido está normal e se negativo ou inconclusivo o exame precisa ser repetido”, explica a pediatra Lúcia Diehl, médica membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. O teste é indolor.

O exame de audição irá prevenir uma série de problemas de saúde. “Como ele detecta se há ocorrência de perda auditiva, os bebês com esta deficiência e iniciando o tratamento até os seis meses apresentam chances de ter uma audição muito próxima a de bebê sem o problema”, conta Diehl.


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