Situações “sujinhas” que ocorrem com bebê: riscos e o que fazer
Chupeta caiu no chão, bebê fez cocô na banheira, veja o que fazer nestes e em outros casos
Após o nascimento do bebê, algumas situações sujinhas são praticamente inevitáveis. Por isso, saiba quando elas são graves e o que fazer quando acontecem:
Bebê fez xixi ou cocô no banho
É normal o bebê fazer cocô ou xixi durante o banho. “A água morna do banho facilita a ocorrência desses eventos devido ao relaxamento da musculatura esfincteriana”, explica a pediatra Rafaella Gatto do Hospital Leforte.
Então, não é nada preocupante quando seu bebê faz xixi ou cocô no banho, só é preciso ter alguns cuidados. “Despreze a água suja, lave a banheira e higienize com álcool após (retirar o excesso de álcool enxaguando com água) e encha novamente”, orienta Rafaella Gatto.
Chupeta, mordedores, copinho ou mamadeira
Quando a chupeta, copinho, mordedor ou mamadeira do bebê caem no chão não é recomendado limpar os objetos com a sua roupa. “Ao limpar na roupa não conseguimos tirar as sujeiras ou germes que podem ter grudado ali na hora da queda”, diz Rafaella Gatto.
Limpar esses objetos com a roupa é ainda mais perigoso para bebês pequenos, menores que 6 meses, que não foram expostos ainda a muitos agentes infecciosos ainda e estão com a imunidade em formação. “Existe o risco de adquirir as famosas ‘viroses’ com manifestações gastrointestinais (vômitos/diarreia) ou respiratórias (gripes/resfriados) e até verminoses”, afirma Rafaella Gatto.
Quando a chupeta, mamadeira, mordedor ou copinho cai é essencial ter alguns cuidados mínimos. “Se você está fora de casa e só tem uma unidade de cada, pelo menos deve-se lavar com água e sabão neutro antes de voltar a oferecer para o bebê. No caso da chupeta, devemos sair sempre com pelo menos duas ou três para evitar estas situações”, destaca Rafaella Gatto.
Quando você está em casa, a orientação é lavar com água e sabão chupetas, mordedores e bicos de mamadeiras sempre antes de esterilizá-los. “Para bebês acima de 7 meses, tudo deve ser lavado e esterilizado pelo menos uma vez ao dia para o uso em casa pelo menos até o bebê fazer um ano, mas sempre observando o estado de limpeza e conservação após. Antes dos 6 meses, tudo deve ser sempre esterilizado antes do uso do bebê”, conta Rafaella Gatto.
Comidas caíram no chão
Os riscos do bebê pegar a comida que cai no chão e comê-la é o mesmo dos riscos relacionados a chupeta que cai no chão e vai direto na boca. “Se já aconteceu não há o que fazer naquele momento. Só observar se vai haver alguma manifestação após a ingestão”, afirma Rafaella Gatto.
Caixa de areia
A segurança da caixa de areia depende do local escolhido e o estado de conservação da área onde está a caixa de areia. Ali é uma área onde há livre passagem de animais? Como está a limpeza do local? A areia está muito úmida? Tudo isso deve ser observado antes. “Cuidado redobrado com bebês muito pequenos, menores de 6 meses. É muito comum a criançada colocar areia na boca e se sujar muito na caixa de areia, então há o risco de contato com fezes de animais, fungos, verminoses ou outros germes naquele local. A umidade nestes locais favorece a proliferação de fungos e bactérias, além do mais aquelas areias que são coloridas podem causar reações alérgicas. Todo cuidado é pouco nestes locais”, explica Rafaella Gatto.
Ao colocar seu bebê na caixa de areia evite sentá-lo em contato direto na areia e cuide para tentar evitar a ingestão de areia ou o contato na boca mesmo em locais adequados (o que é bem difícil de acordo com a idade do bebê). “Não sendo o melhor local de brincadeira mesmo pelos riscos que oferece”, destaca Rafaella Gatto.
Cachorro lambeu o rosto do bebê
Os cães vacinados não expõem a criança à riscos por causa de uma lambida mesmo que seja no rosto. “Já a saliva de cães não vacinados pode ser perigosa pelo risco de raiva e tem que haver mordida ou contato da saliva do animal doente com algum ferimento aberto na pele da criança”, diz Rafaella Gatto.
Sabe-se que o contato de cães com crianças é muito positivo para a imunidade, por exemplo, bebês que até 1 ano de idade que convivem com cachorros são 1/3 mais propensos a evitar doenças respiratórias e infecções do que os que não convivem.