O caso da atriz Klara Castanho e o seu bebê que ela colocou para adoção teve uma nova reviravolta. Acontece que foi revelada uma decisão em relação a funcionária que teria vazado as informações do parto da atriz.
Para quem não se lembra, em 2022, Klara deu à luz a um bebê no Hospital e Maternidade Brasil em Santo André, São Paulo. A atriz optou por colocar o bebê para a adoção. Tudo já havia sido acordado legalmente desde a gestação e o bebê, inclusive, já saiu da maternidade com sua família adotiva.
A atriz Klara Castanho pretendia que esta história não viesse à público. Acontece que Klara optou por colocar o bebê para a adoção porque ele era fruto de um 3stupr0 que havia sofrido. Porém, alguém da maternidade vazou as informações do parto para a imprensa. Desta forma, a atriz se viu obrigada a contar toda a sua história.
A atriz processou o Hospital e Maternidade Brasil, da Rede D’Or São Luiz. E ela venceu este processo. A maternidade foi condenada a pagar 200 mil reais para a atriz por danos morais. Isto ocorreu há um ano.
Nova decisão sobre a maternidade que Klara Castanho teve o bebê
O Hospital e Maternidade Brasil havia demitido a enfermeira que supostamente teria vazado o laudo médico de Klara Castanho para a imprensa. De acordo com investigação policial, a enfermeira teria fotografado o prontuário médico da atriz e mandado as fotos para seu marido.
Mas agora, de acordo com o colunista Rogério Gentile, surgiu uma nova decisão e reviravolta no caso. isto porque a funcionária que supostamente havia vazado as informações do nascimento do bebê de Klara conseguiu uma vitória sobre a maternidade.
A enfermeira havia sido demitida por justa causa. E a enfermeira entrou na justiça alegando que não foi ela quem vazou as informações sobre o parto de Klara Castanho. O Juiz Márcio Almeida de Moura concluiu que não há provas de que a enfermeira ou seu marido haviam sido responsáveis por vazarem o prontuário de Klara para a imprensa.
Então, foi decidido que a demissão por justa causa seria ilegal. E a maternidade foi condenada reverter a demissão por justa causa. Assim, a funcionária conquistou o direito de receber tudo relacionado a uma demissão comum, como aviso prévio, férias, entre outros. A maternidade pode recorrer desta decisão.
Klara Castanho desabafou sobre tudo que passou
A atriz Klara Castanho falou em algumas ocasiões sobre tudo que enfrentou. Em conversa com Serginho Groismain, ela fez um relato emocionante sobre como conseguiu lidar com tudo. “A única coisa e a única resposta que eu tenho para isso é que eu tive uma rede de apoio intocável. Eu tenho minha família como base da minha vida. Minha família é tudo para mim, sempre foi. E ter o apoio da minha família e saber que eu podia contar com eles e eles estariam comigo em todas as circunstâncias, para mim foi crucial, de início e sempre”, disse.
Klara então continuou: “Mas naquele primeiro momento do baque minha família foi muito crucial. Minha rede de apoio se estendeu para muita gente necessária. Como minha preocupação se expandia, não só da minha saúde mental, eu sempre tive acompanhamento psicológico. Porque sempre foi necessário, sempre é necessário”.
A atriz Klara Castanho também disse: “Eu tive profissionalmente pessoas que foram muito cruciais na minha vida e que foram cruciais desde sempre. Mas que nesse momento me ajudaram a entender como a barra seria segurada e não a segurar a barra. Eles dividiram o peso comigo para que as coisas fossem, não mais leves, porque não foram leves em momento nenhum, mas para que eu conseguisse passar um dia após o outro”.
Klara Castanho revela que ainda lida diariamente com o trauma
A atriz Klara Castanho também contou que diariamente tem que lidar com o trauma de tudo que viveu. “É um processo diário ainda, é uma coisa que vai me acompanhar e é um momento da minha vida que vai me acompanhar durante muitos anos, é um olhar que vai mudar durante o anos”, disse ela.
Klara também agradeceu uma pessoa que lhe ajudou muito durante todo o processo. “Tem uma pessoa que é o Bruno, ele faz parte da minha equipe profissional, esse cara é o cara mais incrível que eu conheço na vida. Ele foi a primeira pessoa que eu liguei no dia que eu decidi que ia postar a carta e eu falei: ‘Bruno, eu preciso de você’. Porque eu tava do lado da minha mãe, do meu pai e do meu irmão. E ele conseguiu me ajudar a colocar em palavras o que eu precisava falar”.
Ela também criticou as redes sociais. “Viver na época das redes sociais é terrível. É terrível. As pessoas acham que elas podem tudo e por elas estarem protegidas por uma tela, elas têm a falta de compaixão cada vez mais explícita, a minha história, ela foi contada de forma torta. E ainda bem que minha rede social me proporcionou a minha voz”, disse.
Klara Castanho continuou: “Mas ali eu encontrei todos os tipos de pessoas. Pessoas que não tinham ideia do que tavam falando, pessoas que leram uma manchete e assumiram que era a realidade. E existe uma grande falha de comunicação que é: as pessoas nunca vão querer saber duas vezes da mesma história, sempre vão absorver a primeira informação. A minha informação foi a segunda. Foi a verdade, mas é a segunda”.
Ela ainda concluiu dizendo: “Então, o ruído de informação vem até hoje. Minha mãe me contou depois de um tempo que no dia que eu postei a carta eu recebi 800 emails de pessoas não só mostrando compaixão, mas compartilhando as próprias histórias. Minha história serviu para eu entender que a internet não é mais terra de ninguém. Agora a gente acha quem são as pessoas. Ainda bem. Nada passou. Mas a parte boa de ter rede social é poder me conectar com as pessoas”.
