O caso da influenciadora Isabel Veloso virou tema de discussão em um vídeo gravado por uma cientista e pesquisadora. A Dra. Laura Marise é especialista em Biociências e Biotecnologia, além de ser farmacêutica bioquímica. Ela mantém um canal em que grava vídeos falando sobre ciências de forma descomplicada e surpreendeu ao dar sua opinião sobre o que aconteceu com a influenciadora.
Isabel se tornou conhecida ao dividir um momento delicado que estava enfrentando. Ela se trata de um linf0ma de Hodgkin que é um tipo de cânc3r no sistema linfático. Porém, ela decidiu interromper o tratamento. Segundo ela, a atitude a fez ser considerada como paciente em estado terminal, uma vez que os médicos lhe deram a expectativa de vida de apenas seis meses.
Ao partilhar o que estava passando, ela gerou uma grande comoção na internet. Com a ajuda de vaquinhas virtuais, a influenciadora realizou um de seus sonhos. Ela fez uma festa de casamento para oficializar a união com Lucas Borba. Junto a isso, Isabel Veloso retomou o tratamento e conseguiu uma melhora bem significativa.
Em dezembro passado, inclusive, ela concretizou mais um sonho e se tornou mãe. O pequeno Arthur está com cinco meses de vida e nasceu de forma prematura. A maternidade se tornou um dos assuntos frequentes divididos pela influencer em seu perfil. Mais recentemente ela também comemorou os resultados de seus exames atuais. Estes indicaram que a jovem, de 19, está em remissão.
Ao falar sobre o assunto, a Dra. Marise enfatizou algumas problemáticas na história contada pela influencer. “Eu acredito que ela nunca foi paciente terminal. O que eu acredito que aconteceu foi que disseram pra ela que o tratamento não funcionou e já tinham tentado, naquele momento, os principais tratamentos. Aí existem tum0res que se tornam refratários, o que significa que eles se tornam resistentes a quimioterapia”, afirmou.
“Só que ela ainda não tinha tentado, por exemplo, o transplante de medula de doador, agora ela falou que estava investigando a irmã dela para ver se é compatível e estava buscando um doador. Também não tinha buscado as novas imunoterapias que é o que ela está fazendo agora. Então, diante do que ela nos informou, não tinham esgotado ainda as opções de tratamento. Ela não se qualificava para entrar em cuidados paliativos exclusivo”, seguiu ao detalhar o caso de Isabel Veloso.
A cientista ainda enfatizou: “Nesse momento, ela pode estar recebendo também cuidados paliativos. Mas, ela não é paciente de paliativos exclusivo porque ela mesmo disse que está fazendo um tratamento que é modificador da doença, a imunoterapia… Ela muito menos se qualificava para ser um paciente terminal. Porque paciente terminal não tem a capacidade física de gestar uma criança. Terminal ou em finitude é quando os órgãos já começam a falhar. E se o corpo dela foi capaz de gestar uma criança saudável, ela jamais foi terminal. Na remota possibilidade dela ter sido terminal, ter escolhido engravidar, na minha humilde opinião, é uma escolha mesquinha, egoísta e irresponsável.