Entenda a importância do pré-natal para a mãe e o bebê
Confira como é realizado o pré-natal e quais são os benefícios desse acompanhamento
O pré-natal pode ser entendido como o acompanhamento que a mulher deve receber desde o período de pré-concepcional, quando ela ainda está planejando engravidar, até a fase de amamentação. Mas, normalmente não é bem isso que acontece e a futura mamãe costuma procurar a orientação médica apenas ao descobrir que está grávida.
De forma geral, os exames são divididos por trimestres e o número total de consultas vai depender da saúde de cada gestante. “Há casos tão complexos que fazem com que eu veja a paciente duas vezes por semana”, ressalta o ginecologista obstetra Sérgio Floriano Toledo, médico especialista da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.
Primeira consulta
Costuma ser a consulta mais longa em que o médico procura entender todo o histórico de saúde da mulher. Além disso, são solicitados alguns exames laboratoriais.
O de sangue identifica carências nutricionais e o risco de contrair doenças como rubéola ou toxoplasmose. O tipo sanguíneo e possíveis infecções também são analisados pelo médico. É realizada uma pesquisa de trombofilias congênitas na qual é possível detectar doenças hipertensivas que podem resultar em um parto prematuro. Exames de fezes e de urina irão identificar se existem infecções urinárias, parasitas no intestino, bem como se a gestante apresenta alguma tendência da desenvolver pré-eclâmpsia.
5ª a 8ª semanas
Nessa fase já é possível verificar o saco gestacional, o embrião e algumas anormalidades. Por isso, os médicos solicitam o ultrassom transvaginal sempre após a 5ª semana. Com esses exames em mãos o próximo passo é calcular a idade gestacional exata e a data provável do parto.
12ª a 15º semanas
Ao longo da 12ª e a 15º semanas de gestação é feita a ultrassonografia de translucência nucal. “Com esse exame dá para avaliar os riscos de malformações genéticas e determinar a chance do feto ter problemas de ordem genética. Também é observado o tamanho do bebê”, afirma a ginecologista obstetra Márcia Pereira Bueno, professora de ginecologia e obstetrícia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC).
20ª a 23ª semanas
Entre 20 e 23 semanas de gravidez é pedido o ultrassom morfológico. “Este exame irá verificar toda a estrutura do feto e checar se ela está normal”, ensina a Dra Márcia Bueno.
24ª a 28º semanas
Com 24 semanas é recomendado refazer os exames de sangue do primeiro trimestre e realizar outros específicos para esse período. Entre eles está a triagem de diabetes gestacional, para verificar se a paciente desenvolveu essa doença.
28ª a 32ª semanas
Nessa fase um dos focos é avaliar o crescimento fetal, para isso é feito mais um ultrassom.
34ª a 37ª semanas
Entre a 34ª a 37ª semanas é realizada a triagem de estreptococo beta-homolítico. O objetivo é descobrir se há infecções causadas pela bactéria estreptococo do tipo B, que pode ser transmitida durante o nascimento.
Outros exames
Todo o acompanhamento da gestante é feito de forma individualiza. Assim, o médico pode recomendar que ela faça outros exames para garantir a saúde da mamãe e do bebê.