Reta final da gravidez: quais os sintomas comuns e quando buscar ajuda?
Conheça os sintomas comuns no final da gravidez e os cuidados essenciais nessa fase
A reta final da gravidez é um momento de expectativa pela proximidade do nascimento bebê. Além dos últimos preparativos e da ansiedade, essa fase também é marcada por uma série de incômodos para a gestante; como inchaços e dores nas costas, por exemplo. Isso acontece devido ao crescimento e desenvolvimento final do bebê, trazendo ainda mais mudanças para o corpo da mãe.
Apesar de alguns sintomas serem bastante comuns da gravidez, é importante que você fique atenta para outros que devem ser avaliados imediatamente por um médico. Pensando nisso, preparamos este post especial. Nele vamos mostrar quais são os sintomas mais recorrentes da gestação e os mais incomuns. Continue a leitura para entender as causas e como lidar com cada um deles.
Quais são os sintomas comuns nos últimos dias da gravidez?
Durante os nove meses de gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças, tudo para permitir o desenvolvimento do bebê e prepará-la para o momento do parto. Porém, os últimos meses são os mais incômodos. Assim, a maioria das mamães passa a reclamar de inchaços, dificuldade para dormir, aumento na vontade de urinar, entre outras situações desagradáveis. A seguir, conheça quais são os sintomas mais comuns na reta final da gravidez.
Dores nas costas
A dor nas costas é um dos sintomas mais comuns que aparecem na gestação, principalmente na reta final, dificultando atividades simples como sentar e deitar. Isso acontece devido ao crescimento da barriga e o aumento de peso do bebê, que provocam o deslocamento do eixo corporal e projetam o corpo da mulher para frente.
Usar uma cinta para gestante é uma opção nessa fase. Também é normal começar a sentir dor na virilha, que surge quando o bebê começa a se encaixar na pelve, preparando-se para o momento do parto.
Inchaço e câimbras
O inchaço no corpo e nas pernas pode aparecer em qualquer etapa da gravidez, sendo mais comum no terceiro trimestre. Ele ocorre porque o corpo da mulher começa a reter mais lÃquido, fazendo com que algumas regiões, como tornozelos, mãos e pés, aumentem de tamanho.
Já as câimbras na gravidez costumam surgir de repente tanto nos pés quanto nas pernas, de forma intensa e paralisando a região atingida. Para evitar esses incômodos e melhorar a circulação sanguÃnea, o recomendado é evitar ficar muito tempo em pé ou sentada. Além disso, tomar bastante lÃquido e ingerir alimentos ricos em magnésio ajudam a reduzir as câimbras.
Azia
A azia na gravidez pode acompanhar a gestante na reta final ou durante os nove meses de gestação. Ela surge por conta das mudanças hormonais, que retardam o esvaziamento do estômago. Para diminuir esse sintoma, beba bastante lÃquido e tente se alimentar mais vezes e em porções menores.
Falta de ar
No final da gravidez, é normal a gestante queixar-se de dificuldade para respirar. O motivo para isso se deve à compressão do útero sobre os pulmões, deixando a respiração mais curta. Além disso, o aumento do peso também contribui para o surgimento desse sintoma. Para controlar a falta de ar, é importante não usar roupas apertadas, evitar esforços e controlar a respiração, inspirando e expirando profundamente quando necessário.
Vontade de fazer xixi
Com o crescimento do útero, a bexiga acaba perdendo cada vez mais espaço, o que diminui a sua capacidade de armazenamento. Isso faz com que as idas ao banheiro tornem-se mais frequentes, fazendo com que a gestante apresente perda de urina involuntária em alguns casos. Assim, evite segurar a vontade de fazer xixi e vá mais vezes ao banheiro.
Insônia
A dificuldade para encontrar uma posição confortável, a ansiedade com a aproximação do parto (confira aqui sintomas de que o parto está próximo) e as mudanças hormonais podem levar a gestante a sofrer com a insônia. Todo o cansaço fÃsico e mental enfrentado no final da gravidez costuma prejudicar a rotina de sono.
Um bom banho com água morna antes de dormir pode contribuir para um sono mais relaxante. Também é indicado dormir virada do lado esquerdo, evitando pressionar a veia responsável por levar oxigênio para você e para o seu bebê e garantindo um sono mais tranquilo.
Problemas de pele
A pele também pode ser maltratada nos últimos meses da gravidez, com o surgimento de espinhas e manchas conhecidas como melasma. Evitar maquiagem em excesso e lavar sempre o rosto contribui para manter a cútis mais saudável. Outro problema nessa fase são as famosas estrias, que surgem por conta do estiramento da pele. Para amenizar a sensação de coceira, capriche na hidratação.
Contrações Braxton Hicks
Também conhecidas como contrações de treinamento, muitas vezes são confundidas com os sinais que indicam o trabalho de parto. Porém, a diferença é que as contrações Braxton Hicks se assemelham a cólicas e duram pouco tempo, deixando a barriga da gestante endurecida. Já as contrações de parto são dolorosas, ritmadas e sua intensidade aumenta com o passar do tempo.
2. Quais são os sintomas incomuns na reta final da gravidez?
Apesar de existirem vários sintomas comuns no final da gestação, é importante prestar atenção em sinais incomuns que podem indicar que algo não está indo bem. Assim, veja a seguir quais são os indÃcios que você deve observar para buscar ajuda médica se necessário.
Perda de lÃquido
A perda de um grande volume de lÃquido na reta final da gravidez significa que a bolsa se rompeu. Em geral, não há contrações ou outros sintomas que acompanham esse rompimento. Apesar de nem sempre indicar o inÃcio do trabalho de parto, é importante dirigir-se à maternidade ao notar a perda de lÃquido para receber a avaliação do médico. De acordo com o diagnóstico, o profissional indicará a indução do parto ou a necessidade de uma cesárea.
Sangramento vaginal
O surgimento de um corrimento com a presença de sangue na calcinha é comum nos últimos dias da gravidez. Esse é o sinal que indica o rompimento do tampão mucoso, ou seja, o parto está próximo de acontecer, o que pode demorar dias ou horas.
Mas quando o sangramento é em grande quantidade, não cessa e apresenta uma tonalidade intensa, pode significar o deslocamento da placenta. Nesse caso, é fundamental procurar ajuda médica de imediato para avaliar a necessidade de uma cesárea. Isso porque o deslocamento pode fazer com que o bebê tenha dificuldade de receber oxigênio dentro do útero.
Mudanças na urina
A infecção urinária é um problema que pode afetar não apenas a gestante, mas também o bebê. Esse quadro pode ter como consequências o rompimento prematuro da bolsa, levando a complicações no parto e ao nascimento antes do tempo previsto. Sendo assim, ao observar sintomas como urina de cor escura, dor ao urinar ou cheiro forte, converse com o médico para que ele possa indicar o tratamento adequado para resolver a situação.
Ausência de movimento do bebê
Como o bebê não tem muito espaço dentro da barriga da mãe no final da gestação, é normal que ele se movimente menos do que nos meses anteriores. Isso sem falar que outro motivo também pode ser porque ele está se encaixando na pelve, preparando-se para vir ao mundo. Dessa forma, comer algo doce pode ajudar a observar a reação do bebê, que vai ficar mais ativo.
Caso você não sinta seus movimentos por um perÃodo maior que seis horas, avise o seu obstetra. Afinal, essa falta de movimentação pode significar que ele está recebendo uma quantidade menor de oxigênio do que deveria, sendo necessária uma intervenção médica. Outras causas podem estar relacionadas, como deslocamento da placenta, pouco lÃquido amniótico e diminuição do fluxo sanguÃneo materno.
Inchaço em excesso
O inchaço pronunciado, especialmente no rosto e nas mãos, acompanhado de dores de cabeça intensas e que não passam, pode ser sinal de pré-eclâmpsia. Esse quadro atinge mulheres hipertensas ou que sofrem de proteinúria, que consiste na perda de proteÃna pela urina. Por isso, é importante estar atenta a esses sinais e fazer uma avaliação médica.
3. Quais cuidados devem ser tomados no fim da gravidez?
A fase final da gestação requer alguns cuidados especiais que devem ser seguidos pela gestante até a chegada do bebê. São adequações simples que vão ajudar a diminuir a sensação de desconforto, além de evitar alguns tipos de complicações. Veja quais são elas a seguir.
Cuide da alimentação
Evite alimentos gordurosos e ricos em proteÃna, pois eles demoram mais tempo para serem digeridos, resultando em desconforto intestinal e azia. Para não alterar a pressão arterial, reduza ao máximo o consumo de alimentos salgados, como os embutidos e processados. Chocolate, café e chá-preto também devem ficar de fora na reta final da gravidez, pois a cafeÃna é prejudicial ao bebê.
Faça exercÃcios fÃsicos moderados
Se o médico autorizar, você pode praticar atividades fÃsicas em um ritmo leve, sempre tomando o cuidado para não se sobrecarregar. Além de ajudar a relaxar e promover a sensação de bem-estar, os exercÃcios podem agilizar o trabalho de parto. Sendo assim, invista em caminhadas breves, ioga ou pilates.
Evite estresse e esforços
Para evitar o estresse no final da gravidez e cuidar do seu bem-estar, avalie qual o melhor momento para a licença-maternidade. Também procure não fazer esforço sem necessidade, pois como a respiração é mais curta nessa fase, a falta de ar torna-se mais frequente. Além de aumentar a sensação de fadiga, o esforço excessivo pode trazer complicações para o momento do parto.
4. Como relaxar na reta final da gravidez?
Agora você já conhece os principais sintomas para ficar atenta, além dos cuidados importantes na reta final da gravidez. Neste tópico, veja as dicas para que essa etapa seja mais tranquila e relaxante:
- tome banhos mornos, deixando a água cair sobre a barriga e as costas. A sensação de calor e da água caindo ajudam a relaxar;
- evite lugares lotados e agitados na reta final da gestação. Prefira locais mais tranquilos, onde você possa descansar ouvindo músicas agradáveis enquanto acaricia a barriga e conversa com o bebê;
- para sentir-se mais disposta e tranquila, evite lutar contra o sono, um sintoma comum para as gestantes. Assim, crie uma rotina de sono e dê a si mesma o luxo de dormir pelo tempo que desejar;
- repousar com as pernas elevadas é uma boa dica para evitar o inchaço. Aproveite para fazer um alongamento ou massageie a região afetada com compressa morna;
- deixe de lado por um tempo o hábito de ver noticiários ou ler matérias sobre assuntos que a deixam ansiosa. Em vez disso, prefira distrair-se com um bom filme ou uma série, além de livros do seu interesse;
- faça exercÃcios de respiração para ajudar a relaxar, concentrando-se em pensamentos positivos;
- passe um tempo de qualidade ao lado do pai do bebê e distraiam-se em meio a carinhos e assuntos agradáveis, o que vai ajudar a tornar esse momento final da gravidez mais tranquilo. Bons amigos e familiares também podem animar o seu dia.
5. Quando buscar ajuda médica?
É fundamental buscar ajuda médica imediata no caso de alguns sintomas como sangramento, vômitos constantes, febre, dificuldade para locomover-se por causa do inchaço, fraqueza e dores constantes. Dessa forma, o especialista poderá identificar as causas e oferecer o tratamento necessário o mais rápido possÃvel, evitando prejuÃzos para a saúde da mãe e do bebê.
Em caso de dúvidas sobre outros tipos de sintomas na reta final da gravidez, o médico também deve ser consultado. Assim, você poderá perguntar sobre tudo que estiver te preocupando. Além de oferecer as orientações necessárias e tranquilizá-la, o médico poderá solicitar exames para avaliar as condições da gestação.
Conclusão
O tão aguardado dia de, finalmente, ter o bebê em seus braços está cada vez mais próximo. Tomando alguns cuidados, você vai poder aproveitar esse momento de maneira mais tranquila. Após o nascimento do bebê, os sintomas vão sumindo aos poucos e tudo vai girar em torno das alegrias proporcionadas pelo seu pequeno.
Por isso, procure manter-se atenta a qualquer sintoma diferente na reta final da gravidez e sempre busque a orientação do médico na consulta de pré-natal, esclarecendo com ele todas as suas dúvidas. Caso seja um sintoma mais grave, não deixe de dirigir-se imediatamente em busca de atendimento emergencial.
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