Veja o emocionante pedido da mãe Natalie Morgan para todos os pais e mães de bebês
A pequena Eleonor faleceu na barriga de sua mãe Natalie Morgan quando ela estava com 40 semanas de gestação. Diante desta perda terrível, a mãe Natalie encontrou forças para escrever um emocionante texto a todos os pais e mães pedindo para eles agradecerem por todos os momentos ao lado de seus bebês. Confira, é emocionante:
“Parecem existir tantos amigos meus e do meu marido que tiveram filhos recentemente ou terão filhos em breve. A todas essas pessoas com bebês ou que terão bebês em breve eu tenho um pedido:
Haverá momentos em que seu filho irá chorar a qualquer hora que você tentar colocá-lo no berço. Ou eles vão chorar mesmo estando nos seus braços e você não vai mais saber o que fazer para acalmá-lo. Existirão noites sem dormir, muitas trocas de fraldas, vômitos no seu cabelo, xixi na sua camiseta, cocô nas suas mãos e de novo, muito choro do bebê, e provavelmente de você também. Toda vez que você se sentir frustrada e quiser sair correndo, por favor se lembre da minha história.
Minha linda Eleanor Josephine nasceu dormindo no dia 11 de setembro. Eu fui dormir no dia 10 de setembro e ela estava chutando. Eu acordei e ela não estava chutando mais. No doppler caseiro eu não consegui encontrar as batidas do coração. Eu não queria saber, eu queria estar enganada, mas eu sabia…
Corremos para o hospital e rezamos durante todo o caminho. Lá, imediatamente foram checar as batidas do coração e não ouviram nada. E então foram fazer o ultrassom. Eu só me lembro de pensar “isto não pode estar acontecendo, eles vão encontrar algum sinal de vida no ultrassom”. Mas era uma crença inútil, o fato é que eu já sabia. Ninguém disse nada, até que meu marido, que estava estacionando o carro, chegasse.
Quando meu marido chegou o ambiente ficou pesado com todos eles trocando olhares nervosos em silêncio. Foi quando um deles falou o que nenhuma mãe ou pai jamais desejou ouvir: “Olá Natalie, eu sou o Doutor ____ (eu não me lembro qual era o nome dele). Me desculpe, mas seu bebê morreu”.
Eu só tenho alguns flashbacks daquele momento. Lembro do sentimento de sufocante e horrível, acho que vou me lembrar disso para sempre. Naquele momento eu me senti como se o teto tivesse desabado sobre a minha cabeça. Naquele momento eu me senti presa, eu não consegui respirar, eu quis bater, eu gritei, eu joguei coisas, eu vomitei e então um pedaço meu morreu junto com a minha bebê. Eu não podia fazer mais nada. Meu corpo que deveria proteger minha filha, acabou matando-a. Eu estava com 40 semanas de gravidez.
Algumas horas depois, eles induziram o meu parto. Chegaram a me oferecer uma anestesia, mas eu não quis. Eu precisava daquela dor para refletir o que estava sentindo no meu coração. Foi a coisa mais difícil que eu já fiz. Lidar com as contrações, a passagem do bebê e tudo isso por nada. Eu estava dando à luz a uma criança sem vida. Não haveria felicidade no final para me ajudar a esquecer. A dor ficaria comigo para sempre.
Então, ela finalmente nasceu. Minha bebê era linda, mas sem vida. Não podia esperar o primeiro chorinho dela, ao invés disso, fui eu quem chorei. Em meio às lágrimas, eu pedi a ela que acordasse.
Minha bebê era linda. Minha bebê era perfeita. Eu a amava tanto e a devastação que eu senti, nunca poderá ser colocada em palavras. Pudemos passar 6 horas com ela. Tiramos muitas fotos. Demos banho nela, penteamos seu cabelinho, a seguramos no colo, a beijamos e dissemos a ela o quanto a amávamos. E eu também pedi desculpas por ter falhado com ela.
O hospital perguntou se queríamos passar a noite com ela, mas eu não conseguia ficar mais. Mas também não conseguia deixa-la. Mas eu sabia que eu tinha que fazer isso. Então, às 23:30 nós tivemos que nos despedir.
O funeral foi em uma segunda-feira. E nós tivemos que passar por tudo de novo. Vê-la por uma última vez, tocar seu rostinho, dizer a ela o quanto a amávamos e me desculpar por não ter conseguido protege-la. E então, dissemos nosso último adeus.
E eu estou contando tudo isso para dizer: meu útero, meu coração e meus braços estão vazios. Haverá muitos momentos em que vocês que têm bebês terão que lidar com um pequeno chorando sempre que vocês tentarem colocá-lo no berço. Ou que vão chorar sem motivo aparente, mesmo após você já ter amamentado, colocar pra arrotar, trocado fraldas….E inevitavelmente você vai chorar também porque não vai saber o que fazer e vai perguntar pro seu bebê “Por que você não para de chorar?”. Você vai ficar exausta e nervosa e tudo que vai desejar é um momento só pra você para que possa dormir ou tomar um banho ou comer. Eu sei porque eu tenho um filho e passei por tudo isso com ele. Mas eu nunca vou passar por isso com a minha filha. E eu daria tudo para passar por esses momentos com a minha pequena Eleanor.
Por favor, lembre-se do seguinte quando estiver acordada às 3 da manhã: você está acordada porque você tem um bebê nos seus braços. Eu fico acordada às 3 da manhã porque eu não tenho minha bebê comigo. E eu daria tudo no mundo para ter um bebê babando em mim, chorando por horas porque está com cólica, chorando sempre que eu fosse tentar colocá-la no berço.
Tudo que eu peço é que sempre que você estiver enfrentando momentos difíceis com seu bebê, quando você não souber mais o que fazer pra ele parar de chorar, quando estiver dormindo só uma hora por noite… Ao invés de se afundar em frustração e exaustão, ache em você toda a força que puder para continuar e agradecer por seu bebê, agradecer por esses momentos ao lado do seu bebê. E se conseguir, peço para que reze por mim, pela minha pequena Eleonor e por outras mães que perderam seus bebês. Por favor, faça isso”.