Babá de menina de 5 anos que foi morta pelos pais faz revelação chocante

A babá chegou a denunciar os pais para o conselho tutelar e pelas redes sociais, mas pouco foi feito

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Uma mulher que foi babá da pequena Emanuelly Aghata da Silva, 5 anos, fez revelações tristes e chocantes sobre como a menina era tratada pelos próprios pais, Débora Rolim da Silva e Phelipe Douglas Alves.

Os pais são os principais suspeitos de terem matado a menina e foram presos no sábado, 3/3. A suspeita da polícia é que o casal de Itapetininga, interior de São Paulo, espancou a menina até a morte.

Um dia antes da prisão, os pais chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atender a menina que de acordo com eles teria ‘caído da cama’. Porém, quando os médicos examinaram a pequena, ficou claro que os ferimentos correspondiam a fortes agressões e não a uma queda da cama. Infelizmente, os ferimentos de Emanuelly Aghata eram tão graves que ela não resistiu e faleceu na madrugada de sexta-feira (2).

Na última segunda-feira (5), a mulher que foi babá de Emanuelly e de seus dois irmãos durante três meses fez revelações impressionantes sobre como a mãe Débora tratava menina. De acordo com a mulher, que prefere não se identificar, a mãe chegava a por papel na boca de Emanuelly para que ela não gritasse. “Um dia fui trabalhar e ela estava com o olho roxo. Porém, quando perguntei o que tinha acontecido, ela disse que tinha caído. Foi então que a irmã mais velha contou que a mãe havia enchido a boca dela [Emanuelly] com papel para que ela não gritasse e bateu com o guarda-chuva no olho dela”, contou a babá em entrevista à TV TEM.

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A babá viu diversas manchas roxas no corpo de Emanuelly durante o banho.  “Ela preferia tomar banho sozinha, mas um dia decidi dar banho nela e vi umas marcas roxas nas costas. Perguntei o que tinha acontecido e ela disse que tinha caído. A mãe dizia a mesma coisa. Porém, um dia, a irmã mais velha contou que a mãe batia nela, disse que pegava a ‘Manu’ pelas pernas e batia com a cabeça dela na parede. Algumas vezes ela não queria pentear o cabelo, porque era dolorido de tanto que a mãe batia e puxava”, revelou a babá.

Diante de tantas agressões a babá decidiu tomar uma atitude para proteger a pequena. Ela fotografou e filmou a menina com as marcas de agressões e denunciou ao conselho tutelar. A babá também fez um post sobre o caso nas redes sociais, o post teve mais de sete mil compartilhamentos. A babá ainda registrou um boletim de ocorrência em janeiro de 2017.

“Lembro que eu tinha chegado para trabalhar e a ‘Manu’ estava quieta, com a cabeça baixa. A mãe disse que tinha ido a um bar comprar doces e durante à noite ela havia caído. Então, me pediu para passar pomada no olho dela. Porém, assim que ela saiu para ir trabalhar, perguntei para ela, mas não disse nada. Foi a irmã mais velha que contou que a mãe havia batido com o guarda-chuva no olho dela. Depois disso, fui no Conselho Tutelar fazer a denúncia”, afirmou a babá.

Contudo, mesmo após todas essas denúncias feitas pela babá, o Conselho Tutelar na época afirmou que como o casal demonstrava afeto pelos filhos e já que apenas a Justiça poderia determinar a perda da guarda, os pequenos continuaram com os pais. Naquela época, a Polícia Civil também alegou que o caso não foi entendido como de maus-tratos graves. E um ano e um mês após as denúncias da babá, a pequena Manu acabou falecendo.

ATUALIZAÇÃO:

A escola onde Emanuelly Agatha estudou revelou que também denunciou os pais da menina para o Conselho Tutelar em outubro de 2017.


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