‘Como vou ficar sem minha filha?’, diz pai de bebê morta em Copacabana
A pequena Maria Louise de apenas oito meses faleceu no acidente que deixou 16 vítimas em Copacabana, no Rio de Janeiro
Na noite de quinta-feira (18), um terrível acidente ocorreu em Copacabana no Rio de Janeiro. O motorista Antonio de Almeida Anaquim, 41 anos, avançou pela Avenida Atlântica e atingiu a areia da praia de Copacabana, atropelando diversas pessoas. O motorista deixou ao menos 16 pessoas feridas e a bebê Maria Louise, de oito meses, acabou falecendo devido ao atropelamento. Antonio alega que sofreu um ataque epilético.
O pai da bebê, o motorista do aplicativo Uber, Darlan Rocha, de 27 anos, desabafou sobre a morte de sua filha e questionou o fato de Antonio estar dirigindo. “Como é que ele toma remédio de epilepsia e tem carteira? Ele é um assassino. Não era para ter carteira de motorista e nem estar na rua. Ele é um assassino, matou minha filha. Como é que eu vou ficar sem a minha filha? Eu estava trabalhando na hora, minha mulher estava passeando com ela na praia no carrinho do bebê, aí ele veio atropelando todo mundo”, desabafou o pai em entrevista ao jornal Extra.
De acordo com Darlan, a mãe da menina, Niedja Araújo, de 24 anos, está internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul.
Daria Iasmar, de 40 anos, ajudou no resgate de Maria Louise e de Niedja. Ela disse que recebeu a bebê de oito meses, desacordada, dos braços da avó e a levou, junto com guardas municipais, para a UPA de Copacabana. O bebê morreu após diversas tentativas de ressuscitação. “Primeiro, encontrei a mãe que parecia estar com a perna quebrada repetindo ‘meu bebê, meu bebê’. Perguntei se ela estava grávida. De repente, a avó chegou com a criança desmaiada. Peguei no colo e segui para a UPA num carro da Guarda. Depois de 50 minutos de tentativas de ressuscitá-lo, ela não suportou”, disse Daria chorando em entrevista ao jornal Extra.
O acidente ocorre por volta de 20h30, quando o carro desgovernado dirigido por Antonio subiu no calçadão e invadiu a areia da praia. A orla estava cheia e houve muito desespero e pânico. Diante da cena de pessoas caídas, algumas gravemente feridas, moradores do bairro, banhistas e turistas que estavam nas imediações correram para socorrer as vítimas.