Asaph e Ana Vitória nasceram após sua mãe sofrer morte cerebral na gravidez e agora completam um ano
A história dos gêmeos Asaph e Ana Vitória emocionou todo o país e agora eles celebraram um ano de vida. Eles completaram um ano na segunda-feira (19). Os gêmeos vieram ao mundo após a mãe deles ter a morte cerebral confirmada.
Frankielen Zampoli tinha 21 anos e estava no segundo mês de gestação dos gêmeos quando sofreu morte cerebral em outubro de 2016 após passar por um acidente vascular cerebral (AVC).
Após esta tragédia, começou a luta pela vida de Asaph e Ana Vitória. Frankielen e seus bebês passaram 123 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Para poder gestar os gêmeos, a mãe ficou todos esses dias ligada a aparelhos que garantiram que seu corpo estivesse nas condições ideias para que os bebês pudessem se desenvolver.
Além disso, o principal desafio, de acordo com os profissionais de saúde, era fazer com que os bebês sentissem o afeto que a mãe não podia dar. Para isso, família e equipe acariciavam a barriga, conversavam e cantavam para os bebês.
“Nós trouxemos canções para as crianças: canções de crianças, canções improvisadas, canções que nós fizemos exclusivamente para elas. A UTI ficou cheia de músicas de amor e afeto”, conta a capelã e musicoterapeuta Érika Checan em entrevista ao portal G1.
Todos esses cuidados deram certo e com 27 semanas de gestação, os gêmeos nasceram! Eles vieram ao mundo por meio de uma cesárea. Após isso, os aparelhos de Frankielen foram desligados. Saiba mais aqui.
Festa de aniversário
Para celebrar um ano de vida dos gêmeos, amigos da família, profissionais de saúde e diversas outras pessoas se uniram para proporcionar uma linda festa!
O pai dos bebês, Muriel Padilha, também celebrou e disse em entrevista ao portal G1: “Naquela UTI, quando eu tocava na barriga e via o corpo se mexer, eu sentia e via que ela batalhava junto conosco. Mas hoje eu olho pra eles, relembro de tudo que eu passei e todos os dias agradeço”.
Ela cria os bebês junto com a mãe de Frankielen, que chama carinhosamente de mãe-avó. “Eu sempre vi eles grandes, sempre vi eles crescendo. Sabe, poder fechar os olhos e imaginar eles correndo pela casa assim. Se Deus fez um milagre ele não ia fazer só pela metade”, disse a mãe-avó em entrevista ao portal G1.
Ela ainda contou que as crianças são a continuação da filha. “É como se ela estivesse aqui. Eu sempre digo que eles não substituem, mas preenchem o vazio. É um pedacinho do céu aqui comigo”, explicou.
Veja algumas fotos da festinha que ocorreu na última terça-feira (20) em Curitiba a seguir:
