Pais abandonam bebê ao ver seu rosto,então a enfermeira decide adotá-lo
Confira a emocionante história de como a enfermeira Jessica e seu marido, o médico Raja, se tornaram pais do bebê que estavam tratando
A enfermeira Jessica Paulraj e o médico Raja Paulraj estavam casados há apenas seis meses quando o pequeno Adam apareceu na vida deles de forma inesperada. Ambos trabalhavam em um hospital missionário na Índia quando uma mulher deu à luz em setembro de 2011.
Ao ver o seu filho, os pais biológicos se recusaram a leva-lo para casa. Os médicos tentaram insistir para que os pais não abandonassem o filho, porém, a família disse que o pequeno seria envenenado caso fosse com eles para a vila em que viviam.
O pequeno nasceu com uma doença rara chamada Síndrome de Bartsocas-Papas que faz com que a pessoa tenha fenda palatina e não tenha pálpebras e nem dedos. As pernas também nascem fundidas.
Então, Jessica e Raja, que eram os profissionais de saúde que estavam cuidando do bebê, decidiram adotá-lo e chama-lo de Adam. “Adam veio até nós de maneira inesperada, mas desde o início eu senti que precisava ser a mãe dele e cuidar dele”, disse Jessica em entrevista ao canal de TV americano CBN.
Muitos cuidados
Como profissionais de saúde, tanto Jessica quanto Raja tinham plena consciência de que seriam necessários uma série de cuidados com o pequeno Adam. Inclusive, o bebê precisava de cirurgias que não existiam na Índia.
Jessica é americana e entrou em contato com uma colega de profissão nos Estados Unidos para encontrar um tratamento para o filho e conseguiu. Com apenas dois meses de vida, o pequeno passou por sua primeira cirurgia no North Carolina Childrens Hospital, nos Estados Unidos.
O tratamento de Adam era muito caro, mas a família conseguiu arrecadar mais de 118 mil dólares para custear as cirurgias e internação no hospital. Nas primeiras cirurgias, os médicos separaram o aparelho gastrointestinal de Adam do trato urinário, começaram a tratar a fenda palatina e deram-lhe pálpebras. As pernas do bebê também foram amputadas, já que haviam nascido fundidas.
Menino feliz
As cirurgias permitiram que Adam tivesse uma vida mais próxima da normalidade, mas é claro que ainda havia limitações. Mesmo assim, Jessica afirma que o pequeno foi um menino extremamente feliz e brincalhão.
Jessica e Raja tiveram outros dois filhos e Adam se divertia muito com os irmãos. “Suas limitações físicas não o impediam de explorar o mundo, ele era um menino curioso e adorava brincar e passear em cima das costas do pai”, recorda-se Jessica.
Para oferecer o melhor tratamento possível ao filho, seus pais se mudaram de vez para os Estados Unidos. Aos quatro anos, Adam ganhou suas primeiras próteses e estava aprendendo a andar.
Muita luta e amor
Graças à ajuda de uma série de parentes, amigos e até desconhecidos, os pais adotivos de Adam conseguiram proporcionar o melhor tratamento possível para seu pequeno, além de um lar repleto de amor. No total, o menino passou por 17 cirurgias. Contudo, sua condição fazia com que sua saúde fosse mais frágil do que das demais pessoas.
E em 2016, aos quatro anos de idade, Adam contraiu uma pneumonia e apesar do grande esforço de seus pais e de toda a equipe médica, acabou não resistindo e faleceu.
Apesar de só ter vivido quatro anos, graças aos seus pais Jessica e Raja, o pequeno Adam pode viver esse tempo todo rodeado de muito carinho e amor. “A dor de perder um filho é muito grande. Mas eu quero que o Adam saiba, onde quer que ele esteja, que eu sinto muito a falta dele e que eu nunca me arrependi de tê-lo escolhido como meu filho e faria isso de novo, de novo e de novo”, disse Jessica em sua página no Facebook Baby Adam.