Mãe acusa médico de arrancar cabeça de seu bebê durante parto
Este triste caso ocorreu na Santa Casa de Misericórdia de Araguari, Minas Gerais, hospital afirma que bebê já estava morto na barriga
A mãe Tânia Borges Vieira da Silva, de 41 anos, está acusando a Santa Casa de Misericórdia de Araguari, cidade de Minas Gerais, de negligência durante o parto de sua filha Rebeca. De acordo com o atestado de óbito emitido pelo hospital, a bebê teria nascido morta no último dia 30 de outubro.
Tânia afirma que sua filha teve a cabeça arrancada do corpo durante o parto. Ainda de acordo com ela, a gestação foi tranquila e a bebê nasceu de parto normal, contudo, a pequena estava ‘virada’ dentro da barriga, por isso, o médico puxou a criança pelos pés.
“Haviam duas enfermeiras empurrando a minha barriga e o médico estava puxando ela pelos pés. Eu senti quando ela nasceu, mas de repente o médico mandou me encaminhar para a cesárea. Eu não entendi e apertei a mão na minha barriga, daí senti que a cabeça dela ainda estava dentro de mim”, relatou a mãe em entrevista ao TN Online.
Diante deste triste caso, a direção do hospital emitiu uma nota à imprensa afirmando que a gestante chegou à unidade em trabalho de parto com “exteriorização dos pés e do cordão umbilical do feto”. A nota também informa que a bebê já estava sem vida quando a mulher deu entrada no hospital e que o parto vaginal evoluiu com a cabeça por último e que foi necessário um procedimento cirúrgico.
De acordo com Tânia, o pré-natal estava sendo acompanhado por um médico de Tupaciguara, cidade que fica a 60 km de Araguari. Tânia também disse que o parto normal havia sido desaconselhado pelo obstetra devido ao tamanho do bebê. Segundo a mãe, no dia 24 de outubro ela começou a sentir fortes dores e foi encaminhada pela Policlínica de Tupaciquara para a Santa Casa de Araguari por duas vezes. “Nas duas vezes eles disseram que eu não tinha dilatação e me mandaram embora”, explicou.
Então, no dia 30 de outubro, Tânia voltou a sentir dores e retornou de ambulância para a Santa Casa de Misericórdia, quando foi internada e submetida ao parto.
Segundo a nota da Santa Casa de Misericórida, a grávida teve a internação aceita pelo hospital através do sistema SUSFácil, às 11h03h e deu entrada no hospital somente às 13h23. O transporte foi de responsabilidade exclusiva do município de origem, Tupaciguara. O hospital também disse que o “episódio é uma fatalidade e que o hospital e a equipe técnica lamentam não ter tido acesso à paciente num momento mais precoce o que poderia ter contribuído para um desfecho mais favorável”.
A Delegacia de Proteção à Mulher e ao Idoso de Araguari já abriu um inquérito para investigar a denúncia da mãe, mas não quis dar informações sobre o caso.