Pré-eclâmpsia: entenda a doença que ocorre na gravidez
Pré-clâmpsia pode ocorrer em até 10% das gestantes, saiba quais são os sintomas e o tratamento
A pré-eclâmpsia é uma doença na qual a grávida desenvolve a hipertensão arterial. “Ela pode ocorrer em até 10% das gestantes e é uma das principais causas de morte materna e possui elevada taxa de morbimortalidade perinatal, oscilando entre 5 e 20%”, explica a ginecologista obstetra Viviane Lopes, do Femme Laboratório da Mulher.
Os principais sintomas da pré-eclâmpsia são: hipertensão arterial; edema (inchaço), principalmente nos membros inferiores; aumento excessivo de peso na gestação e proteinúria, perda de proteína pela urina.
Para evitar que a pré-eclâmpsia tenha consequências mais graves, algumas atitudes fazem toda a diferença. “Uma das principais estratégia é tentar rastrear ainda no início da gestação (1º trimestre) as mulheres que possuem maior probabilidade de desenvolver esta doença. “, conta Lopes.
Para descobrir isso é preciso ver o histórico da paciente associado ao exame de ultrassom com estudo Doppler, que avalia o fluxo sanguíneo das artérias uterinas, e até a dosagem de alguns marcadores bioquímicos no sangue da mãe.
Caso a mulher seja diagnosticada com alto risco de desenvolver a pré-eclâmpsia, é importante que ela faça um acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático. “Pacientes que já apresentam sintomas de pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial, adotar uma dieta com pouco sal e avaliar o bem estar fetal por meio de exames seriados de ultrassonografia com estudo Doppler.
Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes podem ser indicados para o controle dos quadros mais graves, que podem exigir a antecipação do parto. “A doença regride espontaneamente após o parto”, afirma Lopes.