A família da adolescente Eloá Cristina Pimentel que partiu aos 15 anos de idade em um caso que comoveu o país surpreendeu ao falar. A cunhada da jovem falou sobre a amiga dela, Nayara Rodrigues da Silva 17 anos depois de todo o ocorrido.
As duas adolescentes, Eloá e Nayara, foram feitas ref3ns com apenas 15 anos de idade em um apartamento em Santo André, São Paulo. Quem as manteve como ref3ns foi Lindemberg Alves então com 22 anos de idade.
Ele era o ex-namorado de Eloá. O caso aconteceu em outubro de 2008. O sequestr0 das duas adolescentes durou seis dias. Durante este período, a adolescente Nayara chegou a ser libertada. Ela ficou dois dias solt4, mas voltou para o c4tive1ro por orientação da própria p0lícia para que tentasse salvar a amiga.
Infelizmente, no dia 17 de outubro de 2008 o Grupo de Ações Tátic4s Especiais (G4te) expl0diu uma b0mb4 e invadiu o local. Os p0liciais fizeram isso porque supostamente teriam ouvido um tir0, mas na realidade foi o barulho de uma mesa. Lindemberg então atir0u contra Nayara, que sobreviveu, e deu dois tir0s em Eloá, que não resistiu.
Nayara foi atingida no rosto e teve que passar por uma cirurgia de reconstrução da face. Anos depois, ela inclusive, recebeu uma indenização de R$ 150 mil por danos morais, materiais e estéticos. O Tribunal de Justiç4 (TJ) entendeu que a P0lícia Milit4r (PM) colocou a jovem Nayara em risc0 ao deixá-la voltar para cativeir0. Lindemberg foi condenado a 39 anos de prisã0. Ele continua detido no presíd1o de Tremembé, interior de São Paulo.
Cunhada de Eloá criticou atitude de Nayara com a família
Agora, a cunhada de Eloá, Cíntia Pimentel, que é casada com o irmão dela, surpreendeu ao falar sobre Nayara. Primeiro, ela respondeu a uma internauta que fez o seguinte comentário: “Eu tenho uma dúvida sobre aquela amiga dela, Nayara, porque eram tão amigas e nunca mais se ouviu falar dela”.
Cíntia então respondeu: “A questão é: será que eram tão amigas? Sem dúvidas, não consigo imaginar o que passaram lá dentro e o traum4 que isso pode ter causado na vida de alguém”.
A cunhada de Eloá continuou: “Mas imagina você perder sua filha e a então amiga dela nunca te procurar, nunca te enviar uma mensagem…Claro que cada um tem sua forma de lidar com perdas e traum4s, mas do lado de cá também existe uma família que nunca mais estará completa”.
E ela ainda afirmou: “Você sabe que enquanto a família assimilava o ocorrido sem entender exatamente o que havia acontecido lá dentro do cative1ro, a então amiga estava pedindo para conhecer o jogador Pato, o Caio Castro e os bastidores de Malhaçã0”.
A cunhada também comentou: “Não preciso ser da família para levantar esse questionamento, já que na época isso foi mostrado na TV. Ninguém está desmerecendo ou minimizando o traum4 de uma adolescente, mas não é justo com os próprios amigos que alguém carregue um título, se ela, a família, e todos os amigos próximos sabem que não condiz”.
Ele também afirmou: “Não é uma crítica a uma pessoa, mas é um fato e tá tudo bem, ninguém nunca foi tirar satisfação ou houve algum desrespeito por parte dos familiares. Mas por essa narrativa criada na época, os amigos foram desrespeitados, a história de alguém que se foi, teve alterações para beneficiar esse discurso. O meu comentário só foi para elucidar essa história. O fato de eu não ter vivido a tragédi4 não invalida os 16 anos que estou por aqui ouvindo da família e amigos, o quanto a história foi manipulad4”.
Cunhada de Eloá volta a falar sobre Nayara
Diante da grande repercussão do seu comentário sobre Nayara, a cunhada de Eloá, Cíntia Pimentel, voltou a falar. Ela afirmou: “O que eu falei…vocês já pararam pra pensar que é baseado na minha perspectiva do que eu ouço e do que eu vejo. A perspectiva de vocês é baseada no que vocês ouvem, no que vocês veem, na tv! Então, só estou fazendo esse vídeo não para p0lemizar mais, não para dar mais ênfase para o que foi dito, o assunto que foi falado”.
Ela continuou: “As únicas coisas que eu tenho para dizer para vocês é que não vai ser a última vez que isso vai acontecer, que eu vou falar e as pessoas não vão gostar do que eu vou dizer”.
A cunhada ainda ressaltou que o irmão de Eloá, no caso o seu marido, está ciente de tudo que ela fala, bem como os demais familiares. “Outra coisa que talvez para mim seja óbvio, mas nem para todo mundo é. Quando vocês me falam assim, ai seu marido sabe que você comenta, gente meu marido tá aqui, não tá 24 horas comigo porque ele trabalha muito mais do que eu gostaria, mas ele vê tudo, ele me segue, todos os familiares me seguem”.
Ela então ressaltou que o restante da família concorda com sua opinião. “Não tem motivos para vocês acreditaram que eu estou falando coisas que vão contra o que a minha família acredita, prega, vive. É meio estranh0 vocês acreditarem que eu tô falando coisas fora do que eu vivo por aqui. É estranh0 vocês pensarem isso, mas só pra deixar isso claro”.
A cunhada de Eloá ainda admitiu um erro ao falar sobre Nayara. “Eu vacilei no que eu escrevi porque reflete a minha opinião sobre o acontecido, assim como eu sou, eu também sou mãe, me coloco no lugar de quem perdeu, eu também já fui adolescente, também me coloco no lugar de quem viveu algumas coisas, é óbvio que a gente não vai conseguir mensurar, mas são opiniões”.
E concluiu dizendo: “Opiniões acerca do que eu vivo, e eu não acredito que eu fui desrespeitosa, muito pelo contrário, eu disse que, é fato que um traum4 faz com que as pessoas ajam da forma que elas precisam agir, pra se blindarem, blindarem seu psicológico, foi isso que foi dito, não vou falar mais sobre o assunto porque é bem capaz de eu falar mais coisas que não deveria”.
