Bebê que nasceu com má formação dá exemplo: ‘ela é capaz de tudo!’

Entenda o que aconteceu com a bebê que nasceu com uma deficiência no braço
Adetola Ogunleye tinha um bebê de 7 meses quando descobriu que estava grávida novamente. Apesar da gestação não ser planejada, tudo ocorreu bem até a hora do parto. Assim que deu à luz, ela percebeu que havia algo errado. O médico e as enfermeiras trocaram olhares e levaram a recém-nascida para longe.
Quando foi encaminhada ao quarto, o marido a esperava com uma má notícia: a filha deles tinha um problema no braço. Ao tirar a coberta para verificar, Adetola viu que o bracinho esquerdo da recém-nascida era menor, sua mão tinha apenas três dedos e era invertida para trás.
“Fiquei chocada no começo, mas dei de ombros e a coloquei de volta no berço”, relembrou a mãe ao site CafeMom. Foi apenas no outro dia, quando os familiares chegaram para visitá-las que ela sentiu o baque. A reação das pessoas ao olharem a recém-nascida com aqueles rostos cheios de tristeza, fez com que Adetola começasse a chorar.
Os médicos não tinham as respostas que ela tanto queria. “Em vez disso, eles me acusavam de usar drogas enquanto estava grávida”, afirma. Ainda lhe disseram que a pequena poderia ter outros problemas como espinha bífida e complicações cardíacas. “Fiquei arrasada por terem me dito isso, sem nunca realizarem um teste nela”, ressalta Adetola.
Depois de duas semanas, a mãe decidiu levar a recém-nascida para um hospital referência, em outro estado. Foram feitos muitos exames e além da Deficiência Ulnar, que causava a diferença nos membros, tudo estava bem com a pequena Tiaraoluwa. Mesmo assim, Adetola não conseguia aceitar o que estava acontecendo e entrou em depressão. “Sempre me perguntava como seria o futuro dela e chorava a cada coisinha que pensava que minha filha não seria capaz de fazer devido aquela diferença de membros”, conta a mãe que manteve a filha dentro de casa por um ano inteiro.
O principal medo era o preconceito. E ela sentiu isso na pele quando foi em busca de uma escola. O diretor foi franco e disse que a pequena seria intimidada e sofreria bullying, então ela precisava estar preparada. Foi então que Adetola entendeu que seria sua responsabilidade mostrar aos outros como a filha deveria ser tratada.
Mesmo com a deficiência, Tiaraoluwa pode fazer muitas coisas que são comuns para as crianças de sua idade, incluindo dançar ballet e andar de bicicleta. “Aprendi a incentivá-la quando ela sente dificuldade em fazer algo e comemoramos juntas a cada conquista, mesmo que pequena. Deixo bem claro que ela é capaz de fazer tudo o que pensar. Ela não está limitada por sua diferença de membros; ela é diferente, não menos”, conclui.