Doadores de medula salvam a vida de menino de 6 anos, na pandemia
O menino e sua família foram surpreendidos com dois doares compatíveis, em meio à pandemia
Zeke Puig é um menino de apenas 6 anos que luta contra dois tipos de câncer. Há 8 meses, ele recebeu o diagnóstico de leucemia aguda. Simultaneamente, os médicos descobriram que Zeke também tem um tipo de câncer na medula óssea.
Porém, boa parte do seu tratamento coincidiu com a pandemia do COVID-19. Assim, o pequeno ficou acompanhado com apenas de um de seus pais. Devido às restrições nos hospitais para manter o distanciamento social.
Além disso, a família achava que com o vírus, seria muito mais difícil encontrar o doador de medula que o filho tanto precisava. Afinal, a recomendação é de ficar em casa e o ambiente hospitalar é um dos mais temidos pelas pessoas. Contudo, não foi isso o que aconteceu e os Puig foram surpreendidos com dois doadores compatíveis.
“Definitivamente, não consigo controlar minhas emoções quando falo sobre isso”, revelou Danielle Puig, mãe do garoto ao Good Morming America. “Os dois tiraram um tempo de suas vidas, deixaram o que estavam fazendo para virem a um hospital. Apesar de uma pandemia estar acontecendo”, completou.
Nesse meio tempo, Zeke passou por várias sessões de quimioterapia. Até que em julho, desse ano, fez seu primeiro transplante de medula óssea. Logo depois, a família precisou mudar de cidade para o garoto poder se tratar. Os pais e seus três irmãos deixaram a Virginia para viver na Filadélfia, EUA, a cerca de 500 quilômetros de distância.
“No dia em que ele foi internado, os hospitais começaram a fechar. Elijah (um dos irmãos) conseguiu ir abraçá-lo e se despedir. Em contrapartida, esse foi o momento mais difícil. Sabíamos que estávamos caminhando para nos separar. Porém, não sabíamos por quanto tempo”, afirmou a mãe.
Enfim, após uma longa espera, eles encontraram um novo doador. O garoto precisava de um segundo transplante e, dessa vez, a compatibilidade era de 10/10. “Não dá para ver essas pessoas e não se sentir grato. Pude perceber que a humanidade ainda é boa, mesmo nessa pandemia”, ressaltou Puig
Acima de tudo os transplantes foram um verdadeiro sucesso. Assim como salvaram a vida de Zeke. Depois de ficar 75 dias internado, ele teve alta e pode reencontrar os irmãos. A família segue alguns cuidados para que todos possam conviver, na mesma casa. “Eu sinto que todos nós vamos olhar para trás lembrando desse momento horrível, mas reconhecendo que teve muita coisa boa. Da mesma forma, quero que os doadores saibam que salvaram a vida do meu filho”, conclui a mãe.