O que houve do adolescente que tirou vida dos pais; avó fala

O que houve com adolescente e namorada 4 meses depois
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Quatro meses depois, foi revelado o que aconteceu com o adolescente que tirou a vida dos seus pais e do seu irmãozinho de apenas três anos de idade. A avó do garoto também fez um comovente desabafo.

O garoto de 14 anos tirou a vida do seu pai Antônio Carlos Teixeira, 45 anos, de sua mãe, Inaila Teixeira, 37 anos, e do irmãozinho de três anos. O caso ocorreu em Itaperuna, interior do Rio de Janeiro no dia 21 de junho.

O adolescente tirou a vida dos pais e do irmão usando uma 4rma que pertencia ao pai. O garoto ainda contou com a ajuda de uma namorada de 15 anos que vivia em Água Boa no Mato Grosso. Apesar de estar em outro estado, a garota ajudou a planejar todo o cr1me e ainda acompanhou tudo online. O caso ch0cou o país.

Agora, o delegado responsável pelo caso, Carlos Augusto Guimarães, falou sobre o que vai acontecer com os dois jovens. Ele começou revelando que os dois responderão pelos mesmos cr1mes. “A nossa investigação aqui já se encerrou, temos a autoria, os dois adolescentes, eles dois vão responder pelos mesmos cr1mes. Ele por ter planejado e executado. E ela por ter planejado e executado de forma virtual”.

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O delegado ainda explicou que ambos os adolescentes estão internados e permanecerão assim provavelmente por no mínimo três anos. “A situação deles é que estão internados provisoriamente, daqui a 40 ou 45 dias, vão passar por uma audiência em Itaperuna para ser definida o andamento do processo e definida a situação jurídica deles e qual será a internação”.

Ainda não foi revelado se esta audiência já aconteceu ou não. “O ECA (estatuto da criança e do adolescente) determina uma internação de no máximo três anos. Isso chega a beirar o absurdo, os cr1mes que eles praticaram são h0rrendos”, desabafou.

Adolescente de 14 anos pode mudar depois do que fez?

O delegado Carlos Augusto ainda foi questionado pelo O P0vo sobre se acreditava que o adolescente de 14 anos poderia mudar e se tornar uma boa pessoa. “Eu andei conversando com alguns colegas que são psicólogos e na verdade eles me explicaram o seguinte: a psic0patia, se for o caso desses adolescentes, não tem cura, mas é uma situação perfeitamente controlável, seja por via de medicamento, ou de algum acompanhamento mais específico, enfim”.

Ele continuou: “Nós acreditamos que nesse caso bárbaro é bem difícil a recuperação deles, a não ser que seja feito um trabalho de excelência, mas pelo nível das conversas que a gente apurou…fica muito difícil acreditar nesse tipo de recuperação, são pessoas que fizeram o que fizeram de uma forma fria, até mesmo m4c4bra, m4tar a família inteira, o pai, a mãe, o irmão de três anos, chega ao absurdo”.

O delegado também refletiu: “É uma situação muito difícil de ser revertida, mas como eu falo aqui, segundo profissionais não é impossível”.

Ele também ressaltou que gostaria que o adolescente cumprisse mais do que três anos detido. “É preciso que a legislação seja revista nesse ponto para que nós não beneficiemos esses adolescentes. Por quê? No caso do rapaz que tem 14 anos, se ele cumprir o prazo máximo de internação, vai voltar para a sociedade com 17 anos e vai poder praticar esses cr1mes h0rrendos e ficar só três anos internado de novo. Compreendem a urgência?”.

Adolescente afirmava que não gostava dos pais

O delegado também falou sobre como era o relacionamento da família. O delegado apontou os fatores que provavelmente levaram ao cr1me. “A situação da 4rma de fogo, a facilidade com que o adolescente teve acesso a 4rma de fogo. Tendo 4rma de fogo em casa você tem que ter cautela e guardar em local seguro. Foi um dos fatores que levou a essa tr4gédia”.  

O delegado continuou e falou da relação do adolescente com os pais. “O outro também foi o distanciamento entre pais e filhos, eu não sei como era o relacionamento da família ali, mas percebia-se um distanciamento, o menino não nutria afeto pelos pais, dizia que só gostava da namorada e do tio. Esse distanciamento também foi um facilitador e o último foi o acesso a conteúdos vi0lentos. O menino passava o dia jogando jogo. Ele conseguia acesso ao que quisesse, pesquisava o que quisesse”.

A avó paterna do adolescente, Regina Teixeira, fez um emocionante desabafo sobre o que aconteceu com sua família. “Ele confessou que m4tou o pai primeiro, depois 4tirou na mãe, nisso o irmãozinho acordou…em momento nenhum ele mostra arrependimento, falou que faria tudo de novo. Difícil… A gente vê esses casos acontecerem na televisão, a gente nunca acha que vai acontecer na família, difícil….Um neto de 14 anos fazer isso”, desabafou para uma emissora local.

Adolescente que tirou a vida dos pais
O adolescente que tirou a vida dos pais e dos irmãos. / Reprodução Arquivo Pessoal
Delegado falando do adolescente de 14 anos
Delegado responsável do caso falou sobre o adolescente. / Reprodução
Avó falou após adolescente tirar vida dos pais
Avó do adolescente que tirou a vida dos pais. / Reprodução

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