O pai da adolescente Ana Luiza de Oliveira Neves, 17 anos, fez novas revelações envolvendo a partida de sua filha após comer um bolo de pote envenenado. O pai Silvio Ferreira das Neves apontou outra pessoa que ele também acredita ter responsabilidade na partida de sua filha.
A jovem Ana Luiza partiu no dia 1º de junho. Isto ocorreu um dia após a jovem de Itapecerica da Serra, São Paulo, ter recebido um bolo de pote sem identificação de quem havia enviado. O bolo foi entregue por um motoboy e havia apenas um bilhete que dizia: “Um mimo pra garota mais linda que eu já vi!”.
Apenas dez minutos após comer o bolo de pote, a adolescente começou a passar muito mal, com vômit0s e diarre1a. Ela foi levada ao hospital por seu pai e sua irmã mais velha. No hospital, recebeu apenas soro na veia e Dr4min e foi orientado que ela retornasse para casa. Porém, no dia seguinte a jovem desmaiou em casa. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
Outra adolescente foi responsável por envenenar o bolo
A polícia descobriu rapidamente por meio das investigações que outra adolescente também de 17 anos foi a responsável por envenenar o bolo. A menor, inclusive, estava junto com Ana Luiza enquanto ela passava mal. As duas supostamente eram amigas. Ao ver Ana Luiza passar mal tanto no dia 31 de maio quanto no dia 1º de junho, a menor não mencionou em momento nenhum o que havia feito.
Atualmente, a adolescente encontra-se detida na Fundação Cas4 e pode pegar até três anos de detençã0. Ela também surpreendeu ao revelar que achou que Ana Luiza iria apenas passar mal, pois foi isso que tinha acontecido com outra jovem que ela também envenenou 15 dias antes!
A outra jovem foi Kamilly Nogueira, 17 anos. “Eu estava no meu ambiente de trabalho e ai chegou o motoboy e que tinha uma entrega para mim, mas que precisava de um código. E foi então que eu recebi um SMS e ali tava o código. Eu comi o bolo inteiro e logo depois eu fui perdendo minhas forças, tendo calafrios, ficando gelada”, contou Kamilly ao Fant4stico.
A diferença entre Kamilly que sobreviveu e Ana Luiza que partiu foi uma só: o tratamento que receberam. Kamilly também foi para o hospital assim que começou a passar mal, mas recebeu um tratamento totalmente diferente de Ana Luiza. Este tratamento foi já focado para uma vítima de envenenamento.
Kátia Miranda, mãe de Kamilly, relatou: “Nós corremos com ela pro hospital. Chegando lá eu já cheguei gritando ‘minha filha foi envenenada, minha filha foi envenenada’. Fomos pra emergência e quando saiu o resultado do exame de sangue constatou que realmente tinha alguma coisa no bolo, mas não sabiam o que”.
E Kamilly continuou: “Que precisavam do bolo (para constatar a substância), mas eu tinha comido o bolo inteiro. Ai fiquei de observação e depois fui liberada, fui pra casa, passaram antibiótico para eu tomar em casa”.
Pai acredita que erro da médica levou a partida da adolescente
O pai da adolescente Ana Luiza contou em conversa com o Agora Terr4 que acredita que o erro da médica que atendeu sua filha no dia do envenenamento levou a m0rte dela. “Eu trabalho a noite na empresa, há 28 anos. Ai minha filha mais velha me ligou falando que a irmã estava passando mal. Ai eu perguntei o que ela tinha consumido e minha filha mais velha falou que foi um sorvete. E quando eu cheguei em casa minha filha então explicou que na verdade tinha consumido um bolo”.
“Eu perguntei de onde era o bolo, ela falou que não sabia, que o motoboy que tinha enviado o bolo. Desde já tinha suspeita que o bolo tava envenenado. Porque não sabíamos quem tinha enviado o bolo. Ela uma pessoa muito boa, sem maldade, acabou comendo o bolo”, contou Silvio.
Ele ainda continuou: “Mas eu socorri ela o mais rápido possível. Levei pro hospital e (a médica) deu só um soro na veia e Dr4min para ela tomar em casa. E disse que poderia demorar uns 3 a 4 dias para passar a di4rreia e os vômit0s”.
O pai da adolescente revelou que chegou a levar o restante do bolo de pote para o hospital, mas nada foi feito com a amostra naquele momento. “E eu tinha certeza que era envenenamento. Tanto que eu levei o bolo e falei pra médica. Aproveitar e falar que eu acho que teve erro médico. Eu falei para a médica que tinha alguma coisa no bolo. Mesmo assim ela deu soro na veia e Dr4min e mandou pra casa. Ai no domingo passou mal o dia todinho. Ai cinco da tarde eu tomei banho para levar ela pro hospital. E ai ela desmaiou e já chegou no pronto-socorro praticamente sem vida”.
O pai ressaltou que a filha recebeu tratamento no hospital particular. “Nenhum (exame de sangue) e nenhum (exame no bolo) foi realizado. Inclusive, a gente sente muito porque a gente paga convênio. Eu levei para o hospital do convênio. Falei para a médica umas duas, três vezes (sobre o envenenamento) e nada. Eu tinha certeza que naquele bolo tinha alguma substância porque assim que ela comeu o bolo ela começou a passar muito mal”.
Ele revelou que está revoltado com o hospital. “Minha filha mais velha falou que não demorou dez minutos que comeu o bolo e começou a passar mal. A suspeita estava ali, mas ela não me deu ouvido em momento nenhum. Infelizmente, é muita negligência que tem por ai. A gente fica muito revoltado com isso porque a gente paga o convênio, a gente paga”.
