Será que é baby blues ou depressão pós-parto? Saiba como diferenciar ambos os problemas
A mulher passa por muitas mudanças com a chegada do bebê. “Muda o corpo, as relações familiares, de trabalho, ela vai construir um papel inteiramente novo, é uma crise maturativa importante”, afirma a psicóloga Vera Iaconelli, diretora do Instituto Brasileiro de Psicologia Perinatal – Gerar e doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo. Tudo isto pode favorecer momentos de tristeza, abatimento ou dúvida.
Caso os sentimentos ruins sejam um pouco mais intensos, isto não significa necessariamente que a mãe está passando por uma depressão pós-parto. Há algo muito mais comum que atinge cerca de 50 a 80% das mães chamado baby blues. “Trata-se de um humor triste, a mulher fica com dúvidas se vai ser uma boa mãe, a diferença entre a depressão é que no baby blues o sofrimento não é tão grande, não há pensamentos suicidas ou homicidas e o quadro regride sozinho ao longo do primeiro mês de vida do bebê”, explica Iaconelli.
Em ambos os casos é importante que a mulher converse sobre como se sente com pessoas próximas, pode ser o marido, outros familiares ou amigos. Caso haja suspeita de que o problema é uma depressão, vale buscar auxílio de um psicólogo.