Remédios na gravidez: veja os que aumentam risco de aborto
Ibuprofeno e outros remédios para dor e febre comprovadamente aumentam o risco de aborto
Uma pesquisa feita pelo governo da Austrália mostra que realmente é preciso ter muito cuidado ao ingerir remédios na gravidez. O governo australiano revisou alguns estudos e concluiu que medicamentos muito famosos aumentam muito o risco de aborto quando ingeridos pelas gestantes.
Os remédios em questão são os anti-inflamatórios não esteroides muito usados em casos de dor, febre e inflamação. O mais famoso entre esses anti-inflamatórios não esteroides é o Ibuprofeno. As pesquisas apontam que o Ibuprofeno pode até dobrar o risco de aborto espontâneo.
De acordo com o governo da Austrália, a relação entre esses medicamentos e o maior risco de aborto já era bem conhecida pelos profissionais de saúde antes deles terem realizado esta revisão científica. Porém, os riscos desses remédios para as gestantes não são corretamente informados nas bulas dos medicamentos. Agora, o governo da Austrália está negociando com os fabricantes dos medicamentos para que suas bulas avisem sobre o risco de aborto.
Veja a seguir a lista completa dos anti-inflamatórios não esteroides que aumentam o risco de aborto. Estes medicamentos não devem ser usados por gestantes e nem por mulheres que estão tentando engravidar:
- Celecoxibe;
- Diclofenaco;
- Etoricoxibe;
- Flurbiprofeno;
- Ibuprofeno;
- Indometacina;
- Ketoprofeno;
- Cetorolaco trometamol;
- Ácido mefenâmico;
- Meloxicam;
- Naproxeno;
- Parecoxibe;
- Piroxicam;
- Sulindaco
A questão da aspirina
Assim como os medicamentos citados acima, a aspirina também é um anti-inflamatório não esteroide. Porém, de acordo com a última pesquisa feita pelo governo da Austrália, não foi observada nenhuma relação entre o uso de aspirina e o maior risco de aborto. Outras pesquisas também já haviam observado que a aspirina não aumenta o risco do aborto espontâneo.