Superando a crise dos 5 ou 6 meses do bebê: Dicas e alertas

Bruna Stuppiello
Saiba tudo sobre a crise dos 5 ou 6 meses
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Os primeiros meses de vida de um bebê são cheios de descobertas, mas também de desafios. Um desses períodos desafiadores é a crise dos 5 ou 6 meses do bebê. Nessa fase, saber como lidar com a crise da formação do triângulo familiar que afeta os bebês é essencial.

A seguir, forneceremos dicas úteis e alertas sobre como navegar por essa etapa, ajudando você e seu bebê a superarem essa fase com tranquilidade.

Entenda o que é a a crise dos 5 ou 6 meses do bebê

Uma das crises pelas quais o bebê passa ocorre por volta dos cinco ou seis meses de vida e se chama crise da formação do triângulo familiar. Amédica de família Ana Paula Lemes Martins Marcolino, membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), explica:

“Desde seu nascimento, mãe e filho relacionam-se como um só indivíduo, permanecendo esta relação chamada de ‘simbiótica’. A partir do terceiro mês, o bebê diferencia os rostos, mas ainda não é capaz de reconhecer que a mãe é diferente dele próprio. O triângulo familiar surge quando a criança reconhece que não é mais um ser unido à mãe, existindo, a partir desse momento, um terceiro que também cuida dela e a ama: o papai”,

Esta nova percepção pode causar algumas mudanças no comportamento do bebê. “Após essa formação diferente, o bebê começa a sentir-se ansioso, como se tivesse medo de não mais voltar a ser unido à mãe, e pode tornar-se choroso e angustiado”, afirma Marcolino.

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Porém, não é preciso ficar preocupada, essa crise faz parte do crescimento psíquico do bebê. “Pelo contrário: é extremamente saudável. A criança pode apresentar uns sintomas de que está se ajustando a essa nova forma de ver o mundo: apresenta choro, pode dormir um pouco mal, querer ficar mais no colo da mãe, ao mesmo tempo que procura o pai. Talvez apresente até sintomas físicos como um resfriado comum”, diz Marcolino.

Como lidar com a crise dos 5 ou 6 meses do bebê?

Primeiro, é preciso saber que essa crise é normal e que vai passar. “Quanto melhor os pais lidarem com essas fases, melhor desenvolvimento psíquico a criança terá. Agir com naturalidade, oferecer amor através de gestos e oferecer tempo à criança, procurando o casal compartilhar os momentos. Deixar o afago e o carinho apenas à mãe pode não ajudar tanto”, explica Marcolino.

A atitude da mãe nesta fase é muito importante. “Neste momento a mãe passa a sentir-se menos ligada simbioticamente ao bebê e necessita dar o espaço a esse terceiro, geralmente o pai, na relação mãe-bebê”, orienta Marcolino.

A duração da crise é individual, pois cada ser humano é único, quanto melhor foi o desenrolar, mais rápida e tranquila será. A maioria demora de três a seis semanas.

Entenda a crise dos três meses.


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