O bebê Rodrigo nasceu sem rosto há dez dias em um caso raro e que não foi diagnosticado pelo obstetra
A notícia de um bebê que nasceu sem rosto em Setúbal em Portugal gerou grande polêmica em todo o mundo. O pequeno Rodrigo nasceu sem olhos, sem nariz e sem parte do crânio. O parto ocorreu no Hospital de São Bernardo no dia 7 de outubro.
Ao longo da gestação, a mãe de Rodrigo havia realizado três exames de ultrassom com seu ginecologista obstetra e em todas as ocasiões ele garantiu que a criança era saudável. Apenas quando a mãe realizou um ultrassom em outra clínica, ela foi alertada pelos profissionais de lá sobre a possibilidade de uma má formação.
Contudo, quando ela questionou o seu ginecologista obstetra sobre o assunto, ele garantiu que a criança era saudável e que não havia má formações.
Os problemas do bebê acabaram sendo descobertos pela mãe, que se chama Marlene, quando colocaram a criança em seu colo logo após o parto.
A madrinha de Rodrigo falou sobre como foi este momento em depoimento ao canal português TVI 24. “Quando o colocaram sobre o peito da Marlene, foi ai que a Marlene, instantes depois, ao observar seu filho, o pai do Rodrigo estava ao lado ao assistir o parto, e a primeira coisa que ela disse foi: David, o nosso filho não tem nariz. A partir daí foi o pânico geral dentro daquela sala de parto, os colegas que estavam a fazer o parto mandaram chamar o Dr. Arthur Carvalho que estava a trabalhar no hospital naquela noite, ele apresentou as suas desculpas e disse que efetivamente tinha cometido um erro. Foram feitos três ultrassons, só no exame feito em outra clinica é que os pais foram avisados da possibilidade de má formação, questionaram o obstetra que garantiu que estava tudo bem”.
Ela também falou sobre o estado de saúde de seu afilhado e fez triste revelações sobre isso. “O meu afilhado tem lesões gravíssimas que impedem qualquer hipótese de autonomia e que ele possa ter um crescimento normal. É uma morte anunciada. Neste momento já foi apresentada queixa ao Ministério Público”.
De acordo com a ordem dos médicos local, o obstetra que acompanhou esta gestação já tem quatro processos no conselho disciplinar.
Uma menina brasileira também nasceu em um caso que foi considerada “sem rostos”, ela completou nove anos.
