Celulares e tablets estão causando vício nos bebês e crianças, diz estudo

Bruna Stuppiello

Ainda de acordo com o autor da pesquisa, bebês menores de dois anos não devem mexer em celulares ou tablets

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Uma pesquisa feita pelo psicólogo Dr. Aric Sigman e publicada na revista científica Journal of the International Child Neurology Association fez um importante alerta sobre o uso de celulares e tablets entre bebês e crianças.

De acordo com o estudo, esses aparelhos eletrônicos estão fazendo com que muitos pequenos se tornem viciados em tecnologia. Isto ocorre porque a exposição a essas tecnologias tão cedo na vida altera a estrutura do cérebro. Para a maioria das crianças isto não representa um problema, porém para aquelas geneticamente predispostas a desenvolver dependência, isto pode leva-las a ficarem viciadas em tecnologia.

Não é possível saber quais crianças correm esse risco, por isso, o Dr. Sigman orienta que os pais não ofereçam celular, tablets, computadores e outras telas para as crianças até os dois anos de vida. A mesma orientação é dada pela Academia Americana de Pediatria. “A maioria das crianças vão olhar para essas telas e não vão desenvolver uma dependência, assim como a maioria das pessoas vão beber e não vão virar alcoólatras. Mas para aquelas que têm predisposição genética, a exposição às telas desde cedo e por muito tempo pode fazer com que ela desenvolva uma dependência”, afirmou o Dr. Sigman em entrevista ao jornal britânico DailyMail.

Pessoas com dependentes de celulares, tablets e outras telas tendem a ficarem mais distantes dos amigos e familiares, mentem sobre quanto tempo passam com os aparelhos e apresentam sintomas de abstinência quando precisam ficar sem essas tecnologias.

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A pesquisa do Dr. Sigman contou com a participação de 248 crianças e adolescentes com idades entre cinco e 17 anos. Estes jovens tiveram seus cérebros avaliados por meio de ressonância por três anos e observou-se que aqueles jovens que tinham contato com telas por um período de tempo maior apresentaram diferenças em seus cérebros. “As pessoas não percebem, mas o uso frequente de celular e outras telas não é um problema social ou cultural, é médico”, conclui o Dr. Sigman.


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