O caso da adolescente Vitória Regina de Sousa teve reviravolta após a família ter tomado uma decisão. A jovem de apenas 17 anos desapareceu em Cajamar, São Paulo, no dia 26 de fevereiro e foi achada sem vida no dia 5 de março. Agora, sua família tomou uma decisão sobre o principal suspeito e o advogado dos familiares fez uma revelação.
Acontece que Maicol Sales Santos encontra-se detido e é considerado o principal suspeito do caso, especialmente após ter confessado a autoria. Porém, Maicol afirmou em sua confissão que agiu sozinho.
E o advogado da família, Dr. Fábio Costa, assim como o pai de Vitória, Carlos, não acreditam que Maicol agiu sozinho. “Tenho certeza absoluta que foi premeditado. Houve sim! Não só o planejamento, mas em relação ao planejamento até a execução. Por isso que eu sempre acreditei e continuo acreditando e é o que a família acredita também, que ele (Maicol) não agiu sozinho”, explicou o advogado.
Dr. Fábio Costa ainda disse: “Ele não teria condições de arquitetar, de planejar e executar tudo isso sozinho. Por isso que eu não acredito na confissão dele. Eu acho que ele tem participação? Eu não acho, eu tenho CERTEZA que ele tem participação. Mas ele contou com a ajuda de alguém”.
O advogado da família de Vitória também disse: “Alguém teve uma participação em algum momento. Ou no momento que ela foi arrebat4da ou no momento que ela foi execut4da ou no momento que o corp0 foi deixado naquela área de mata”.
Dr. Fábio Costa também disse: “É humanamente impossível isso ser um crime de oportunidade, o histórico mostra isso, a criminologia forense mostra isso, até porque fotos foram encontradas no celular dele, do Maicol. A postagem do último dia, que ela faz stories e ele printou”.
Depoimento do principal suspeito do caso Vitória pode ser anulado
A confissão do principal envolvido do caso da jovem Vitória pode ser anulada! E isto pode acontecer a pedido da própria família da adolescente. Ocorre que foi revelado que Maicol conversou por celular com a sua mãe antes de confessar.
Na conversa, ele diz para a mãe que pretende confessar. Ele ainda afirma na ligação que se não confessasse iria prejudicar mais pessoas e que também não queria passar o resto da vida dele na cadei4. Mãe de Maicol teria insistido para ele não confiar em ninguém que não fossem os advogados.
Diante da revelação de que esta ligação aconteceu, a família de Vitória decidiu tomar uma atitude. “Eu disse para a família. Eu falei: olha, deixa eu explicar uma coisa para vocês. Quando a pessoa é presa pode usar um celular? Expliquei: presa em flagrante, certo? Posterior a isso, não pode utilizar o celular. Isso que a polícia fez, fornecendo o celular a ele, mesmo no momento da confissão, é ilegal”, disse o advogado.
E o advogado também disse: “Dois caminhos: ou nós deixamos isso para lá, ou nós levamos esse vídeo para a corregedoria apurar a responsabilidade de quem forneceu o telefone para ele. E a família disse: ‘nós vamos até o fim. Vamos mandar para a corregedoria”.
Com isso, o depoimento de Maicol e, consequentemente a sua confissão, podem ser anulados. “O uso de celular por presos em prisão temporária é inadmissível, principalmente por questões de segurança. Permiti-lo pode facilitar atividades ilícitas e até influenciar testemunhas. Além disso, a lei brasileira é clara ao restringir esse tipo de acesso, pois a prisão temporária visa a garantir a investigação sem influências externas”, explicou o advogado.
E ele também disse: “Assim, a utilização de celulares comprometeria a finalidade da detenção. A segurança pública e os direitos legais de todos os envolvidos são pilares que justificam essa proibição”.
Família de Vitória ainda pediu outra mudança na investigação
Além disso, a família de Vitória também vai pedir para que a investigação seja feia por outra delegacia. “(A família) Vai pedir que as investigações não aconteçam na mesma delegacia. Nós tomamos a decisão de fazer um pedido formal para que o inquérito seja transferido da cidade de Cajamar para o DHPP que é um departamento especializado”, contou.
O advogado ainda explicou que o pedido também tem relação com o uso que Maicol fez do celular. “Esse uso do celular coloca em dúvida a credibilidade da p0lícia, das investigações. E vamos levar para a corregedoria da p0lícia para ver de que forma o aparelho foi utilizado. Lembrando que é terminantemente proibido, não é permitido por lei que uma pessoa, estando presa, tenha contato com o mundo através do celular”, concluiu o Dr. Fábio Costa.