Exame de ultrassom na gravidez: quando pode ser arriscado
Fazer exames de ultrassom sem objetivo médico pode prejudicar a saúde do bebê
O exame de ultrassom tem sido um grande aliado das gestantes e médicos nas últimas décadas. Este exame tem tido sucesso em detectar e assim contribuir para o tratamento de uma série de problemas de saúde no feto.
Contudo, cada vez mais o ultrassom tem sido usado de um modo que está preocupando os médicos. Ocorre que muitos papais e mamães ansiosos têm realizado exames de ultrassom além dos recomendados no pré-natal apenas para poderem ver um pouco mais os seus bebês. Isto tem sido chamado de “ultrassom de boutique”. E de acordo com os médicos, tal prática pode ser perigosa.
A Agência de Proteção à Saúde do Reino Unido alerta que até o momento os estudos sabem que os ultrassons com objetivo médico são seguros. Porém ainda não há estudos suficientes sobre estes ultrassons extras, feitos apenas para satisfazer a curiosidade dos pais.
O motivo de tanta preocupação
Além de não existirem estudos suficientes sobre os riscos dos “ultrassons de boutique”, as pesquisas que já foram feitas são preocupantes.
Um estudo feito pelo Advisory Group on Non-Ionising Radiation (AGNIR) no Reino Unido descobriu que a excessiva exposição ao ultrassom pode prejudicar o desenvolvimento do sistema nervoso do bebê.
De acordo com eles, estes ultrassons extras, como o ultrassom 3D que mostra detalhes do rostinho do bebê, costumam durar mais tempo e, portanto, o pequeno fica mais exposto ao ultrassom, o que poderia favorecer problemas.
O que fazer então?
Diante destas descobertas, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido orienta que as gestantes optem por fazer apenas os ultrassons com objetivo médico. Estes ultrassons são comprovadamente seguros. E que os “ultrassons de boutique” sejam evitados enquanto ainda não existem estudos suficientes sobre se eles são prejudiciais ou não.
Fonte consultada:
Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido