Bebê de 5 meses perde a vida em creche particular de Brasília
A pequena Alice Viana de Andrade faleceu no Distrito Federal após ter sido deixada na Baby Hotel da Vovó Tânia
No dia 13 de julho a pequena Alice Viana de Andrade foi deixada na creche particular Baby Hotel da Vovó Tânia às 11h. Por volta de 15h30 funcionárias da creche notaram que a pequena estava inchada e vermelha e a levaram para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante em Brasília. A mãe da pequena Alice só foi informada do que estava acontecendo quando a bebê estava internada na UPA.
A pequena estava com as vias aéreas obstruídas e apesar dos médicos tentarem reanima-la, ela não resistiu.
No dia 23 de outubro foi divulgado o laudo pericial sobre o caso feito pela Polícia Civil do Distrito Federal. Foi constatado que havia traços de paracetamol na mamadeira de Alice.
De acordo com o delegado Zander Vieira Pacheco, da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), o exame de necrópsia foi solicitado. “Com esse resultado, vamos decidir se chamaremos novamente alguma testemunha ou ouviremos outras pessoas. Precisamos descobrir se alguém teve culpa na morte ou se foi uma situação sem culpados”, ponderou o delegado em entrevista ao jornal Metrópoles.
O remédio paracetamol estava na bolsa da bebê, porém de acordo com o delegado ainda não é possível saber quem colocou o remédio na mamadeira.
Oferecer qualquer medicamento para os bebês exige muito cuidado. É preciso que um médico faça o cálculo, baseado no peso do bebê, sobre qual dose deve ser oferecida. Isto porque ingerir quantidades maiores de medicamentos do que o indicado realmente pode causar sérios problemas de saúde nos bebês e levar até ao óbito.
Creche clandestina
A creche Baby Hotel da Vovó Tânia era clandestina. A proprietária da creche, Tânia Alves, 60, admitiu que cuidava das crianças de forma improvisada e nunca se preocupou em regularizar o estabelecimento. “Os pais confiavam em mim. Sei que precisava de autorização, mas a falta de tempo não me deixou resolver isso”, afirmou em entrevista ao jornal Metrópoles. A mulher aguarda o desfecho do inquérito policial, que corre na 27ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo).