“Minha bebê se afogou na aula de uma escola particular de natação”

Bruna Stuppiello

Veja o chocante depoimento da mãe Tatiana após sua filha ter se afogado na aula de uma escola de natação de SP

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A mãe Tatiana passou por uma experiência terrível quando levou sua filha de apenas dois anos para uma aula teste na escola particular de natação Acquasport Academia Vila Madalena em São Paulo. Por negligência do professor, a filha de Tatiana se afogou na aula de natação e só foi socorrida porque ela viu que a bebê havia afundado e alertou o professor. A seguir, veja o depoimento de Tatiana sobre este triste caso:

“Eu liguei na Acquasport Academia Vila Madalena para agendar uma aula teste para minha bebê, pedi para me colocarem em uma aula na qual os pais entram na piscina com os filhos, mas não deixaram, falaram que aos dois anos minha filha era muito grande para isso.

Então fomos para uma aula teste em que somente as crianças entravam na piscina. Quando cheguei, descobri que o professor era substituto e ele não sabia que era uma aula teste e geralmente não dava aulas para alunos da idade da minha filha.  Me explicaram que o professor oficial desmarcou a aula em cima da hora e que eles tentaram marcar com outra pessoa, não conseguiram, e então chamaram este professor.

Eram quatro crianças na aula e lá não deixam colocar boias nas crianças maiores de dois anos, de modo que minha filha não pode usar boia. Isto me incomodou muito, pois a piscina não era funda, mas a água chegava até o queixinho da minha filha, então quando a criança cai, ela acaba afundando! Também me incomodou muito o fato de que as mães não podiam sequer ficar na região da piscina, tinham que ficar um pouco longe atrás de um vidro assistindo as aulas dos filhos.

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No começo da aula, o professor pediu para as crianças ficarem em um cantinho da piscina. Então, ele pegou uma por uma para bater perninha. Ele levava essa criança até o outro lado da piscina e enquanto isso as outras crianças, como minha bebê de só DOIS ANOS, ficaram sozinhas e desassistidas, já que ele ficou DE COSTAS para essas crianças enquanto ia para outro lado da piscina. Assim, logo que ele começou a fazer isso e virou de costas, minha filha perdeu o equilíbrio, caiu e afundou! Nesta hora eu ainda estava na região da piscina, então eu a peguei logo e chamei o professor. O professor me disse que era normal e me acalmou. Eu pedi que ele ficasse mais atento, mas como a academia tinha uma grande estrutura e parecia muito profissional, eu confiei no professor e fui assistir a aula junto com as outras mães, atrás do vidro.

Então, de repente, a mesma coisa aconteceu! O professor foi levar outra criança para bater perna, ficou de costas para os alunos e eu só vi o corpo da minha filha afundando! Ai eu enlouqueci! Comecei a bater no vidro para chamar a atenção do professor porque onde eu estava o acesso até minha filha não era muito fácil, de modo que o professor poderia socorrê-la mais rápido. Assim que o professor viu o que estava ocorrendo, eu corri e cheguei até minha filha. Quando eu cheguei, o professor já tinha pego ela, mas minha bebê estava roxa, chorando desesperadamente e supernervosa!

Depois disso, eu não deixei mais minha filha ficar com ele! Eu ainda fiquei um pouco com minha filha na região da piscina, não quis tirá-la logo em seguida porque fiquei preocupada dela ficar ainda mais traumatizada com a piscina.

Após isso, eu dei um banho rápido nela no vestiário da academia e fui reclamar sobre o ocorrido. O coordenador não estava presente, então falei com uma consultora. Esta pessoa sequer sabia que quem iria dar a aula teste era o professor substituto. A consultora me disse que o coordenador me ligaria às 19:30. Deu 22:00 e ele não me ligou! Ai eu liguei para a academia e me disseram que o coordenador já tinha ido embora.

O coordenador só me ligou no dia seguinte! Ele me disse que tinha visto o que ocorreu com a minha filha porque estava na piscina ao lado dando aula para um adulto. Gente, como ele viu tudo que ocorreu e não falou nada?! Depois, o dono da academia, chamado Camilo, me ligou e eu contei o que houve. Ele se desculpou. Mas minha filha obviamente não voltará para esta escola de natação!

A imagem da minha bebê afundando na piscina vem e volta na minha cabeça, todo dia. É um absurdo você ver seu filho afogando por negligencia de um profissional, que na verdade não pode ser considerado profissional né? Minha filha ficou sem dormir uma noite, ela engoliu muita água e está com febre, tosse e catarro”.

Cuidados com o bebê na piscina

A Academia Americana de Pediatria (AAP) afirma que diversos estudos sugerem que quando um bebê tem aula de natação junto com os pais as chances de se afogar são bem menores. Além disso,  a AAP recomenda que SEMPRE que o bebê estiver na água ou perto dela o cuidador deve estar de olho no pequeno e seguir o conceito de “Touch supervision (algo como supervisão a um toque em inglês)”. Isto significa que o cuidador não deve ficar mais de um braço de distância do bebê. Por fim, a AAP orienta que o bebê nunca deve ficar com a cabeça embaixo da água.

Veja outros cuidados ao levar o bebê na aula de natação aqui.

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