“Fiquei em casa com os bebês por apenas 16 horas e quase desisti”, diz pai
Confira o depoimento de Brad Kearns que ficou seu primeiro dia inteiro sozinho com os filhos e descobriu que a tarefa não é nada fácil
Brad e Sarah Kearns são pais de dois bebês, um com apenas seis semanas de vida e outro com dois anos. Na família deles, Brad trabalha fora e Sarah fica em casa com as crianças. Recentemente, Sarah ficou doente e precisou ser internada, de modo que Brad ficou pela primeira vez um dia inteiro sozinho com os filhos. E isto fez ele perceber o quão difícil é ficar em casa com os bebês. Por isso, ele decidiu escrever um texto sobre sua experiência em sua página no Facebook para conscientizar todos sobre o quão difícil é ficar em casa com as crianças. O depoimento de Brad viralizou, confira a seguir:
“Sabe quando sua esposa diz: ‘eu queria que nós trocássemos de papel de vez em quando e aí você fica pensando… ‘eu também queria trocar de papel com você’. Bom, então sente-se, relaxe, pegue uma bebida e pipocas porque eu vou te levar para uma viagem tão maluca que só pode ser comparada a uma montanha russa que te leva a uma catarata de cocô, vomito e muitas lágrimas.
Bem, eu estava no trabalho quando minha mulher me manda uma mensagem dizendo que estava doente e internada no hospital. Enquanto minha sogra cuidava dela, eu fui cuidar das crianças.
Ao chegar em casa, às 5:00 da tarde começo a avaliar a situação:
- Noto que preciso limpar a casa
- Noto que preciso comprar comida
- Knox, meu filho de dois anos, usa suas capacidades de fala limitadas para me dizer que quer assistir um DVD e me comunica isso quase rugindo para mim. Finn, meu filho de seis semanas, só se comunica pelo choro, chora mais quando sente calor e chora MUITO quando sente frio.
Eu coloco o DVD, o que deixa Knox quietinho por um tempo. Já Finn continuou chorando muito, foi quando eu lhe dei a fórmula e então o choro se tornou apenas um leve gemido. Acho que não fui tão mal.
Conforme vai escurecendo, minha paciência vai ficando cada vez menor. E eu já aceitei deixar Knox colocar adesivos em toda a minha perna peluda. Pelo menos ele se acalmou assim. E eu só pensava. ‘Está tudo bem, eu posso raspar meus pelos da perna de manhã, desde que o Knox não acorde o Finn está ótimo’.
A propósito, colocar o bebê para dormir é algo realmente impressionante. Quando você termina de alimentar seu bebê e aí você o coloca para arrotar e faz carinho nas costas dele para ele se sentir confortável. E seus olhinhos começam a fechar, a respiração fica mais profunda, é realmente lindo….Então, você o coloca no berço com todo o carinho, dá um beijinho. Depois pega o outro filho no colo também com muito carinho, o coloca na caminha, o cobre, dá sua chupeta. E então você sai bem devagarzinho do quarto. É algo tão lindo e sereno de se compartilhar com os filhos…
Até que você chega na parte em que seu bebê COMEÇA A CHORAR E GRITAR como se eu o tivesse colocado para dormir carregando-o pelas pernas e jogando-o no berço!
Ahn, mas pelo menos isso só acontece uma vez na noite, certo? Afinal, por que eu teria que ninar meu bebê novamente às 10:30…12:00….1:45…3:30….
E eu fiquei TÃO FELIZ quando percebi que isso continuou até às 5:00 da manhã. Você sabia que privação de sono é quase uma forma de tortura???
E lá estava eu…acordado às 5:30 com meu bebê de seis semana no colo extremamente alerta. Foi quando eu percebi que sair para trabalhar é bem mais fácil do que ficar em casa com o bebê.
Então, o dia foi nascendo e eu estava me programando para deixar as crianças prontas para o dia e então começar a limpar a casa. O que realmente aconteceu: eu passei duas horas segurando Finn no colo tentando fazê-lo dormir enquanto tentava servir o café da manhã do meu filho mais velho .
Então, houve uma batida na porta. Você já esteve em alguma situação em que uma pessoa chega e te vê em uma situação que você não deveria estar? Foi esta a sensação que eu tive quando a abri a porta e era minha sogra. Então, lá estava eu:
Barba por fazer, cabelo todo bagunçado, usando calça e meia do dia anterior, sem camisa, sem banho e sem dente escovado. O jantar do meu filho ainda estava em cima da mesa e lembra dos adesivos que meu filho tinha colado na minha perna que eu iria tirar depois? Pois é, ainda estavam na minha perna. E a casa estava uma completa bagunça.
Neste momento eu soube que havia sido derrotado. E minha sogra também sabia que eu havia sido derrotado. Fiquei em casa com os bebês por apenas 16 horas e quase desisti.
Eu não havia conseguido fazer quase nada!
Saran ainda está no hospital, fique bem logo meu amor, e eu vou continuar a difícil tarefa de ficar em casa sozinho com as crianças”.