Fatores inesperados que afetam o leite materno
Fatores inesperados que afetam o leite materno
Alguns medicamentos, alimentos e problemas de saúde podem afetar o leite materno, veja quais são eles
Alguns medicamentos, ervas, temperos e até mesmo doenças podem afetar o leite materno, prejudicando até mesmo a produção dele. A seguir, quais são eles:
Ervas e temperos
O alho não deve ser consumido em excesso. “Isto porque ele pode alterar o odor do leite materno”, explica o pediatra Moises Chencinski, criador da campanha #euapoioleitematerno. Porém, saiba que em quantidades não muito grandes o alho pode ser uma ótima opção. Isto porque desta forma ele altera só um pouco o sabor do leite materno e faz com que o bebê já comece a se acostumar com outros gostos, o que facilita a aceitação de alimentos no futuro.
Algumas ervas não apresentam testes mostrando sua segurança durante esse período da amamentação como borage, calêndula, cardo-santo, equinácea, esse devendo ser evitado por tempo superior a 8 semanas de uso, Ginko biloba, Ginseng, pode causar irritabilidade no lactente, óleo de melaleuca e óleo de prímula da noite.
Outras substâncias contraindicadas são o Confrei (Symphytum officinale), Kava-kava, Kombucha. “Alguns conhecidos têm a recomendação de uso criterioso durante a amamentação por apresentarem alguns riscos conhecidos, como a Camomila germânica (Matricaria Chamomilla – risco de hipersensibilização), Cohosh preto, Cimicifuga racemosa – risco teórico de redução da produção láctea, o funcho, risco teórico de redução da produção láctea, Sálvia (Salvia officinalis) e a Valeriane, Valeriane officinalis que pode causar sonolência no lactente”, conta Moises Chencinski.
Anticoncepcionais
Primeiro, saiba que amamentar pode reduzir as chances de engravidar. Porém, não é uma garantia. Por isso, é importante usar métodos contraceptivos, se não quiser engravidar. Os ginecologistas orientam esperar um ano entre uma gestação e outra. “Dentre os métodos hormonais, preferir aquele com somente progesterona, por sua eficácia na contracepção sem interferir com o aleitamento materno, a partir da sexta semana após o parto. Os anovulatórios orais contendo estrogênios são contraindicados devido ao risco de redução da produção do leite, especialmente durante período de amamentação exclusiva”, alerta Moises Chencinski.
As camisinhas, tanto feminina quanto masculina, podem ser usadas em qualquer período após o parto. “Os Dispositivos intrauterinos (DIU) também são compatíveis com a amamentação, incluindo os que contêm progestogênio”, diz Moises Chencinski.
Hemorragia após o parto
A hemorragia pode sim diminuir a produção do leite materno pela desidratação e pela dificuldade de abordagem que esse quadro pode trazer. “Porém, a correção do quadro e manutenção e hidratação pode favorecer a retomada posterior do aleitamento, quando a mãe já estiver em condições clínicas equilibradas”, observa Moises Chencinski.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo, quando não diagnosticado, pode mexer com a produção de leite materno entre muitas outras questões. “Atualmente, o diagnóstico desse tipo de quadro é mais comum e o tratamento instituído rapidamente pode permitir que o aleitamento materno seja mantido. O uso do hormônio é compatível com a amamentação”, explica Moises Chencinski.
Remédios para alergias e resfriados, como pseudoefedrina
De acordo com o Manual de Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias a pseudoefedrina requer uso criterioso durante a amamentação por ser excretado para o leite materno em pequenas quantidades. Observe se o bebê fica mais agitado, se tem problemas no sono, irritabilidade, entre outros. Também há relatos de redução de até 23% da produção de leite materno.
Cuidados ao utilizar demais medicamentos
É muito comum a recomendação por interromper a amamentação quando a mulher precisa tomar um medicamento. Porém, muitas vezes esta orientação é dada erroneamente. Profissionais de saúde com frequência são influenciados pelos efeitos teratogênicos de uma minoria de drogas usadas durante a gestação. Mas é importante lembrar que, enquanto a placenta permite a passagem de drogas para o feto, o epitélio alveolar mamário funciona como uma barreira quase impermeável.
A maioria das drogas passa para o leite materno, mas em pequenas quantidades; e mesmo quando presentes no leite, as drogas poderão ou não ser absorvidas no trato gastrointestinal do lactente. Só excepcionalmente, quando a doença materna requer tratamento com medicações incompatíveis com a amamentação, esta deve ser interrompida.
Quando for ingerir um medicamento, vale pedir para seu médico checar o Manual de Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias a fim de saber se o remédio pode ser consumido junto com o aleitamento ou não. Você confere o manual aqui.