‘Nunca esquecerei o que senti quando disseram que meu bebê nasceria assim’
Com sete meses de gestação, Fiona recebeu a notícia de que seu bebê nasceria sem olhos
Tudo correu bem na segunda gestação da mãe australiana Fiona. Até que com sete meses de gravidez, no seu ultrassom de 28 semanas, ela recebeu uma notícia que mudou tudo. Durante o exame, o médico disse que seu bebê poderia ter algum problema no cérebro.
Então, ela foi encaminhada para mais exames. “Foram os 45 minutos mais longos da minha vida, então, nos disseram que nosso bebê nasceria sem os olhos”, disse Fiona em entrevista ao portal Kidspot.
“Eu confesso que na hora fiquei horrorizada e chocada. O final da gestação já é cheio de expectativas e ansiedade, como nós iríamos criar uma criança cega?”, contou Fiona. Mas assim que o pequeno Archibald Andrew Innes nasceu, no dia 6 de janeiro, Fiona se apaixonou instantaneamente por seu pequeno.
“Desde o primeiro momento em que o carregamos no colo nossos corações se encheram de amor. Ele é nosso pequeno milagre, ele nos traz tanta alegria”, afirma Fiona.
Só o começo dos problemas
Infelizmente, nascer sem os olhos foi só um dos problemas do pequeno Archibald. E após o parto, os outros problemas de saúde do bebê foram sendo revelados. Os médicos descobriram que o pequeno tinha a síndrome SoX2 que afeta um em cada 250 mil nascimentos. Esta mutação especifica é tão rara que só existe um outro caso registrado no mundo.
De acordo com Fiona, foi ai que ela percebeu a grande benção que seu filho era. “Percebemos o quanto nosso filho era forte, ele sobreviveu a tantas coisas para estar conosco”, disse Fiona.
“Eu vivi um luto no começo”
Fiona admite que o início não foi nada fácil. “Eu vivi um luto no início, me senti mal nas primeiras semanas. Mas depois eu tive que seguir em frente, por ele”, contou Fiona.
Mas agora ela conseguiu superar esta fase. “Eu aprendi a apreciar cada dia. Aprendi a aceitar cada dia como ele vier, estar no aqui e agora e não perder tempo pensando em como será daqui a cinco anos”, explicou Fiona.
Fiona tem trabalhado com uma especialista que a ensina a estimular seu filho, apesar da falta de visão.
Os problemas do bebê associados à síndrome são muitos:
- Com quatro semanas, ele foi diagnosticado com uma perda de audição moderada;
- Entre dois e cinco meses, o bebê foi para o hospital seis vezes por infecção respiratória;
- Com dois meses o pequeno precisou utilizar um tubo nasal para poder se alimentar, ele usa o tubo até hoje;
- Com quatro meses, foi diagnosticado que o bebê tinha problemas cerebrais que vão comprometer seu desenvolvimento;
Futuro desconhecido
Ao que tudo indica, o pequeno terá que precisar de três cirurgias muito complexas no futuro. E seus pais estão pedindo doações em um site para poder pagar pelos procedimentos. Porém, o prognóstico dos próximos anos para o bebê ainda é incerto. “Queremos proporcionar tudo que conseguirmos para que ele receba o tratamento adequado e possa se desenvolver ao máximo. Queremos dar a ele as melhores oportunidades”, conclui a mãe Fiona.