“Mães, por favor, protejam seus bebês, se informem sobre EGB”, alerta mãe
A mãe Mikhailla Glossat decidiu alertar outros pais e mães sobre a infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B
A mãe australiana Mikhailla Glossat decidiu contar sua triste história para alertar outros pais e mães a respeito da infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B (EGB). Mikhailla perdeu seu bebê com apenas três dias de vida por causa desta infecção.
Mikhailla deu à luz com 38 semanas e cinco dias de gestação. Sua gravidez foi saudável e tudo correu bem no parto, mas logo ao nascer o pequeno precisou ser ressuscitado. “Os médicos precisaram ressuscitá-lo logo após o parto, mas depois ele começou a chorar e parecia que tudo estava bem, então fiquei calma”, recorda-se Mikhailla em entrevista ao portal Kidspot.
Após este susto, as enfermeiras ensinaram Mikhailla a amamentar o filho, o pequeno Foxx. O bebê tossiu algumas vezes. “Mas o pediatra me garantiu que estava tudo bem e que era normal os recém-nascidos tossirem um pouco para expelir o muco”, disse a mãe.
Porém, Mikhailla começou a perceber que havia sim algo errado cinco horas após o parto. Foi quando o pequeno Foxx começou a tossir de novo. “No começo ele só expeliu muco, mas depois começou a ter sangue no muco”, afirma Mikhailla.
Então, o pediatra foi ver o pequeno e diagnosticou que ele estava com infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B (EGB). Estreptococo do grupo B é uma bactéria que frequentemente fica no intestino ou nos genitais e pode ser transmitida ao bebê durante a gestação ou por meio do parto ou amamentação. Quatro em cada mil recém-nascidos contraem esta infecção.
O pequeno Foxx ficou internado na UTI neonatal onde recebeu antibióticos e todo o tratamento. Porém, após lutar o máximo possível, o bebê não resistiu e faleceu com três dias de vida.
Estreptococo do grupo B: prevenção e riscos para os recém-nascidos
Apesar de ser quase sempre assintomática e não causar problemas nos adultos, a bactéria estreptococo do grupo B é muito grave para os recém-nascidos. Fazer um exame durante a gestação pode reduzir muito os riscos do bebê contrair esta bactéria.
Exames para prevenção da infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B
O exame que toda gestante precisa fazer para prevenir a infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B deve ser feito entre 35 e 37 semanas de gestação. É um exame simples no qual o médico colhe com um cotonete secreções da vagina e do ânus e as manda para o hospital.
Quando o resultado dá positivo, isto não significa que a mãe terá um filho com a doença. Ela será submetida a um tratamento que evitará que o pequeno contraia o problema. Caso o bebê já tenha nascido, ele também receberá um acompanhamento médico especializado, que envolve exame de sangue.
Sintomas da infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B
Os sintomas da infecção perinatal pelo estreptococo do grupo B no recém-nascido são:
- Febre
- Dificuldades de se alimentar
- Apatia
- Dificuldades para respirar
- Irritabilidade
Diante desses sinais é essencial entrar em contato com o pediatra.
Já as gestantes com esta doença raramente apresentam sintomas, mas quando eles aparecem são:
- Infecção urinária
- Infecção na placenta e no líquido amniótico
- Inflamação e infecção da membrana que reveste o útero
- Infecção da corrente sanguínea (sepse)
Tratamento do estreptococo do grupo B para bebês e grávidas
Caso seu recém-nascido teste positivo para estreptococo do grupo B, ele irá receber antibióticos intravenosos para combater a bactéria. Em alguns casos pode ser utilizado oxigênio e outros medicamentos, dependendo da condição do bebê.
Já em grávidas o tratamento envolve antibióticos via oral, geralmente penicilina ou cephalexin, que podem ser ingeridos na gestação.
Fonte consultada:
Clínica Mayo