Pesquisa descobre relação entre BPA e autismo em bebês
Entenda a relação entre o BPA e os casos de autismo em bebês e esclareça suas dúvidas
É fato: os registros de casos de autismo estão crescendo muito nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o número de casos de autismo cresceu 600% nas últimas duas décadas de acordo com o UC Davis MIND, instituto referência em pesquisas sobre autismo.
Apesar de alguns cientistas acreditarem que este aumento ocorreu apenas por causa de mudanças na forma como a condição é diagnosticada, muitos outros especialistas acreditam que um aumento tão grande não poderia ter ocorrido somente por este motivo.
Muitos estudos têm apontado que questões ambientais poderiam favorecer o aumento dos casos de autismo. Sendo que um dos pontos mais preocupantes é o aumento do consumo do Bisfenol A nos últimos anos. O Bisfenol A (BPA) é um composto utilizado na fabricação de policarbonato, um tipo de resina usada na produção da maioria dos plásticos. O BPA também está presente na resina epóxi, utilizada na fabricação de revestimento interno de latas que acondicionam alimentos para evitar a ferrugem e prevenir a contaminação externa.
Uma pesquisa realizada por Rowan University School of Osteopathic Medicine (RowanSOM) e Rutgers New Jersey Medical School (NJMS) foi o primeiro realizado em seres humanos a comprovar que de fato existe uma relação entre autismo e BPA.
Os pesquisadores analisaram 46 crianças com autismo e descobriram que elas possuem problemas para metabolizar o BPA. “Observamos que houve uma relação entre a dificuldade de metabolizar o BPA e crianças com autismo. Ainda é necessário pesquisar muito mais sobre o assunto para entendermos se o consumo de BPA realmente favorece os casos de autismo. Mas já podemos orientar que o BPA deve ser evitado por gestantes e bebês”, disse o autor do estudo Peter Stein da RowanSOM.
Saiba como evitar a exposição ao BPA
1 – Use mamadeiras e utensílios BPA free para os bebês.
2 – Jamais esquente no microondas bebidas e alimentos acondicionados no plástico. O bisfenol A é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 – Evite levar ao freezer alimentos e bebidas acondicionadas no plástico. A liberação do composto também é mais intenso quando há um resfriamento do plástico.
4 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina epóxi no revestimento interno das latas.
5 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos.
6 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças.
7 – Caso utilize embalagens plásticas para acondicionar alimentos ou bebidas, evite aquelas que tenham os símbolos de reciclagem com os números 3 e 7 no seu interior e na parte posterior da embalagem. Eles indicam que a embalagem contém ou pode conter o BPA na sua composição.”
Saiba mais sobre sinais de que o bebê tem autismo aqui.
Fonte consultada:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia