Testículo do bebê não desceu: entenda as causas e o que fazer
Entenda por que os testículos de alguns bebês podem demorar para descer e o que fazer
Nem todos os bebês meninos vão nascer com o testículo já na bolsa escrotal (o saquinho do bebê). Em cerca de 8% dos casos, o testículo vai descer depois do nascimento dos pequenos. Assim, quando os bebês nascem, a bolsa escrotal está vazia, ou seja, o saquinho do bebê está vazio. “Nestes casos, quando o bebê nasce o testículo está em processo de migração”, explica o pediatra Tadeu Fernandes, membro da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Isto porque quando o bebê está se formando, os testículos ficam dentro da cavidade abdominal. O que ocorre é que conforme se aproxima do momento do nascimento, no caso da maioria dos meninos o testículo irá descer e ficar na bolsa escrotal.
Quando o testículo não desce, ele costuma ficar ou na cavidade abdominal ou no canal de descida do testículo.
O testículo pode não descer de duas maneiras. Uma delas é a chamada tripitordidia, em que o testículo de fato não desce nunca e fica alojado na cavidade abdominal ou no canal de descida do testículo. Ou o testículo retrátil. “Neste caso, o testículo até chega a descer quando o médico faz uma manobra, mas depois volta a subir”, observa Tadeu Fernandes.
Em ambos os casos, o pediatra deve acompanhar e realizar as atitudes necessárias para estimular a descida do testículo. “É importante que a mãe não mexa na região e não tente ficar empurrando o testículo para baixo”, orienta Tadeu Fernandes.
Os pediatras realizam todos os procedimentos possíveis, e isso pode envolver uso de hormônios entre outros tratamentos, para fazer o testículo descer até os dois anos. Nos casos de testículo retrátil, em 70% dos casos os testículos descem até os dois anos. Já nos casos de tripitordidia somente 40% dos testículos descem até os dois anos.
Caso os testículos não desçam até os dois anos de idade, o bebê precisa passar por uma cirurgia para colocar os testículos na bolsa escrotal. Essa cirurgia é importante para prevenir que o testículo atrofie, garantindo a fertilidade da criança no futuro e também para prevenir que o testículo se torne um tumor, algo que poderia ocorrer se ele permanecesse no abdômen. “Quando esta cirurgia é feita até os dois anos de idade as chances de sucesso são 99%”, conta Tadeu Fernandes.