Felipe Araújo fala sobre o diagnóstico de autismo do seu bebê
O cantor Felipe Araújo ressaltou a importância do diagnóstico precoce e falou sobre o filho
O cantor Felipe Araújo falou sobre o diagnóstico de autismo do seu filho Miguel de dois anos e nove meses. O menino é fruto do relacionamento do cantor com a psicóloga Caroline Marchezi e foi ela quem notou os primeiros sinais de que o filho poderia estar dentro do espectro autista.
Miguel recebeu o diagnóstico de autismo com um ano e quatro meses de idade. E o diagnóstico precoce contribuiu muito para o tratamento mais eficaz do menino. Felipe Araújo falou sobre este assunto. “Falar sobre isso é muito importante para ajudar as pessoas. Quando a gente tem o diagnóstico o mais breve possível do espectro autista, temos mais chances de assertividade no tratamento. Meu filho, a gente conseguiu, muito por conta da mãe dele, que trabalha na área, perceber o espectro quando ele tinha um ano e quatro meses. A gente pôde buscar esse tratamento, que vai perdurar ainda por muitos anos, bem cedo… O Miguel está tendo um desenvolvimento maravilhoso. O autismo é o maior amor do mundo ali presente. Ele é a pessoa mais carinhosa que eu já conheci em toda a minha vida. Conversando com Marcos Mion, ele fala a mesma coisa, que é o espectro do amo”, disse o cantor para a Quem.
Caroline Marchezi também falou sobre como começou a desconfiar que o pequeno Miguel estava dentro do espectro autista. “Hoje eu vou contar como eu comecei a desconfiar que o Miguel pudesse estar dentro do espectro autista. Lembrando que o que eu vou contar é minha história com o Miguel, mas isso não quer dizer que a sua com seu filho seja igual, até porque um autista é diferente do outro, nenhum é igual ao outro. Então, pode servir como base, você pode se identificar com alguma característica. Até os dez meses de idade eu não havia percebido nada porque o desenvolvimento dele estava ocorrendo dentro do esperado para a faixa etária. Ele sentou, engatinhou e andou no tempo certo. Eu já havia percebido que quando a gente chamava ele pelo nome ele não olhava. E quando ele brincava com algum brinquedo do interesse dele, ele meio que se desligava do mundo. O Miguel só foi aprender a bater palminha depois de um ano de idade e isso me chamou a atenção. E quando ele queria um objeto, ele não tentava pegar esse objeto, ele pegava na minha mão e me levava até o objeto que queria”, disse ela.
Ela então falou sobre outros sinais que seu filho com Felipe Araújo apresentou: “Quando ele queria dar tchau, ele dava olhando pra palma da mão dele, ao contrário, ele dava tchau ao contrário. E o que me chamava atenção também é que quando ele ia brincar com o carrinho ele não dava a função pro carrinho, por mais que a gente ensinasse, mostrasse, ele virava o carrinho de cabeça pra baixo e ficava girando as rodinhas e ficava girando até o tempo que a gente deixasse. Não só com o carrinho, qualquer objeto que pudesse girar, ele ficava girando. Outra coisa, ele corria pra lá e pra cá sem direção nenhuma, não era correr pra chegar a algum lugar específico, ele corria sem direção nenhuma. Ele também não tinha o olhar compartilhado, por exemplo, quando a gente falava: ‘Miguel olha ali o avião’. Ele não olhava. Ou: ‘Miguel olha lá quem chegou, ele também não olhava e também não apontava”.
Caroline ainda ressaltou que o atraso na linguagem foi outro ponto de atenção. “E o atraso da linguagem do Miguel também chamou muito a nossa atenção, nós temos a linguagem não verbal e a linguagem verbal. A não verbal é o apontar, olhar compartilhado, ou seja, a criança conseguir se comunicar sem necessariamente estar falando. Então o Miguel teve que primeiro desenvolver a linguagem não verbal para depois desenvolver a verbal e agora ele está desenvolvendo a verbal”, afirmou ela.
A mamãe então falou sobre o tratamento que seu filho com Felipe Araújo tem realizado e como isso o ajudou. “Então levei o Miguel na neuropediatra, na fonoaudióloga, no psicólogo aba, na terapia ocupacional, na musicoterapia e o Miguel tem desenvolvido muito mesmo com as terapias e com o apoio familiar, brincando, cantando, é muito legal pedir dicas de brincadeiras para fazer em casa. Para finalizar nosso papo eu quero dizer que não existe isso de que cada criança tem seu tempo, não existe isso que fique muito claro. Cada criança tem seu tempo dentro de uma margem esperada para sua idade. Ficar nessa de que cada criança tem seu tempo faz com que os pais percam a oportunidade de começar os tratamentos precoce porque quanto antes começar, melhores os resultados, isso é um fato”, concluiu Caroline.