A atriz e cantora Mariana Rios fez um relato emocionante dias após ter perdido o filho que estava esperando
A atriz e cantora Mariana Rios fez sua primeira aparição após ter perdido o filho que estava esperando. Ela sofreu a perda há apenas quatro dias, ao descobrir que o coração de seu filho não estava batendo durante um exame de ultrassom.
Agora, Mariana fez um vídeo em suas redes sociais para falar sobre este difícil assunto. Ao falar sobre a perda de seu bebê, Mariana Rios fez uma revelação muito emocionante. Ela falou sobre um sonho que havia tido há cerca de um mês com seu irmão, que faleceu aos dois anos de idade e da relação deste sonho com o momento que está vivendo agora.
Mariana Rios ainda fez uma reflexão sobre este momento que está vivendo e mandou uma linda mensagem para todas as mulheres que passaram ou passam por uma situação semelhante à sua.
Confira a seguir o relato emocionante da atriz a seguir:
“Eu estou aqui para agradecer todas mensagens de carinho, de amor e para agradecer principalmente todas as mulheres que dividiram comigo suas histórias, suas experiências, muito obrigada mesmo, elas são de grande valor.
O que eu vou contar é algo muito íntimo que poucas pessoas da minha família sabem, mas eu resolvi dividir com vocês, assim como vocês dividiram comigo suas histórias. Há um mês e pouquinho eu tive um sonho com meu irmão e eu nunca tinha sonhado com ele. Meu irmão que faleceu aos dois anos de idade, eu tinha quatro anos na época. Eu sempre pedi nas minhas orações que eu tivesse um encontro com ele, eu nunca tinha sonhado com ele. E aí sonhei que ele chegava em casa com os meus pais e eu fiquei muito assustada no sonho, eu não entendia. Meu pai falou: ‘ahn, descobriram uma forma da pessoa que não está mais aqui com a gente passar 24 horas com a gente, reviver 24 horas, então ele está aqui e nós temos 24 horas para aproveitá-lo, para curtir um pouco ele’. E colocou ele no meu colo.
No sonho ele era um bebê de colo e eu fiquei com ele, eu olhava para ele, ele ria para mim e eu ria para ele. E passei o tempo todo com ele vivendo esse momento e eu não falava nada, eu só ria para ele. Até que o olho dele começou a fechar e eu muito assustada perguntei para o meu pai: ‘pai, o olho dele tá fechando, o que eu faço?’. E o meu pai falou: ‘quando ele chegou eu te avisei que seriam só 24 horas, ele precisa ir, o tempo tá passando’. E eu aceitei, dei um beijinho nele e o olhinho dele fechou e eu acordei.
Quando eu acordei eu estava muito emocionada, olhei para o Lucas (noivo de Mariana) e falei: ‘acabei de ter um sonho com meu irmão, e eu tenho certeza que eu estou grávida’. E eu já liguei para o meu médico e comprovou aquilo que eu já sabia. Eu não contei para os meus pais do sonho em um primeiro momento, eu contei para eles outro dia, eu dividi isso com três pessoas da minha família porque todas as vezes que eu falava eu me emocionava muito e mexia comigo, assim como mexe agora, mas eu já consegui levar para um outro lugarzinho essa emoção.
Por que eu estou falando isso para vocês? Porque lá no fundo do meu coração, alguma coisa me dizia que ia ser assim. Que ia chegar, que ia ficar um pouquinho, que ia arrancar todos os meus sorrisos, escancarar meus sorrisos, e ia partir, porque precisava partir. Mas eu não queria acreditar, então eu vivi, assim como eu vivo intensamente todas as situações da minha vida.
E na sexta-feira quando eu fui fazer um ultrassom de rotina a gente viu que o coração tinha parado de bater e ai me veio todo o sonho na minha memória e eu falei: ‘ele precisava desse tempo aqui e de alguma forma eu também precisava passar por isso porque nós só estamos aqui para a nossa evolução, para o nosso bem. Então, eu agradeci por tê-lo ajudado e amado o tempo que ele precisava, curto esse tempo, que ele precisava estar aqui e se sentir desse jeito, acolhido. E agradeci por ter tido essa oportunidade de aprendizado porque a gente aprende muito na dor.
Agora vou falar uma frase para vocês e gostaria que vocês pensassem sobre essa frase: ‘A dor é inerente ao ser humano, mas o sofrimento é opcional’. Então, para todas essas mães que passaram por uma situação parecida, ou para qualquer pessoa que esteja vivenciando uma dor, uma perda, não se permita entrar no estado de sofrimento, passe por seu luto, enfrente-o, chore muito, isso não quer dizer que eu não tenha sofrido, não tenha ficado triste e que a minha dor não seja grande porque tá muito cedo e ela ainda é. Mas hoje eu já consigo falar com vocês com meu olhinho inchado que eu sei que ainda tá, de um final de semana inteiro de muito choro, de muitas lágrimas. Mas hoje eu consigo falar com vocês respirando melhor, com um entendimento melhor da situação e sem chorar, não que o choro não faça parte, se daqui a pouco me der vontade de chorar, eu vou chorar, mas eu não vou permitir que o sofrimento me enfraqueça como ser, como pessoa, como mulher, diante da minha vida.
Porque a vida da gente é tão preciosa, a vida da gente é tão linda, tantas coisas boas vão acontecer, acontecem todos os dias, a gente é tão abençoado, então não vamos ficar olhando para os pontos negativos da nossa vida porque eles sempre vão aparecer, mas eu tenho certeza que as alegrias, as boas emoções e pensamentos e presentes que a gente tem da vida, eles são maiores do que qualquer coisa. A dor e a tristeza estão ai como as provações que a gente precisa enfrentar nessa vida, como forma da gente evoluir. A minha vida não vai ser um mar de rosas, nem a de ninguém, ficaria muito sem graça se fosse. A gente só precisa de um tempo para digerir, para aceitar que as coisas fogem do nosso controle e que nem tudo a gente pode escolher, então a gente aceita, recebe aquilo como uma forma de aprendizado, evolução, sente o que precisa ser sentido, vive o que precisa ser vivido, e depois deixa ir.
Eu vou passar por isso, isso vai passar. E disso eu vou trazer a recordação do grande aprendizado que Deus me ofertou. Então não se permita entrar na casinha acolhedora e quentinha do sofrimento, onde as pessoas vão te olhar e ter pena de você, essa casinha ela pega a gente se a gente não der um passo a fora… A gente precisa entrar na casa da luta, perseverança, da paz e da entrega a vida. Afinal, cada dia é um dia. Tudo passa. Isso também vai passar”.