Viúvo de Paulo Gustavo posa com filhos e desabafa sobre ser pai sozinho
O viúvo de Paulo Gustavo, o dermatologista Thales Bretas, desabafou sobre ser pai sozinho e emocionou
O viúvo do saudoso humorista Paulo Gustavo, o dermatologista Thales Bretas, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre como está sendo criar os dois filhos do casal, os pequenos Romeu e Gael de um ano e onze meses, sozinho. Ele também fez uma rara aparição junto com os dois meninos.
Há quase três meses Paulo Gustavo partiu e Thales Bretas precisou cuidar sozinho dos dois filhos deles. Em suas redes sociais, Thales desabafou sobre como tem sido isso e emocionou. Ele começou falando sobre seu sonho de ser pai e como a união com Paulo deu ainda mais força para sua vontade de ser pai.
Thales começou dizendo: “Eu sempre sonhei em ser pai, constituir uma família sabe? Quando eu me descobri gay esse sonho foi ameaçado pelo preconceito da sociedade e eu cheguei a acreditar que esse sonho não seria possível para mim. Só que ai eu conheci Paulo e tudo mudou porque ele também tinha o desejo de ser pai. Juntos, a gente viu uma força que podia quebrar com esse paradigma da família tradicional.
Depois que a gente se uniu a gente percebeu que o que importa é o amor e ter filhos era só multiplicar o amor que a gente já era. E a gente conseguiu trazer a vida os frutos do nosso amor que são Gael e Romeu, dois meninos. Foi a experiência mais linda e desafiadora do nosso casamento, dois filhos para dois pais. E eu tive o privilégio de viver essa realidade por quase dois anos”.
Thales Bretas então desabafou sobre como está sendo criar seus filhos sem a presença de Paulo Gustavo. “Agora só tem eu e é uma responsabilidade diferente ser pai sozinho. Eu desde criança sou muito sensível e era chamado de chorão e eu cheguei a pensar que minha sensibilidade era por eu ser gay, no final das contas a sensibilidade não é nem masculina e nem feminina. E é ai que eu percebi que ser homem é também sentir porque o ser humano também sente. E é assim que eu quero criar meus filhos, sendo fortes o suficiente para se sensibilizarem. Para mim não existe pai gay, existe ser pai e ser pai é cuidar, educar, acolher, crescer junto, então não tem diferença se é homo ou hetero, o que transforma é o amor. E eu há dois anos me esforço ao máximo para ser esse pai para os meus filhos, eu fico exausto e preenchido. É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor, eu acordo e levanto, não tem outro jeito, a vida se impõe. Ai eu olho para os meus filhos, olho pra minha família, pros meus amigos, pras minhas lembranças e continuo por eles, por mim e pelo Paulo, para sempre”, concluiu.