Menino tinha apenas sete anos, caso ocorreu na Praia das Cordas em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis
Um menino de apenas sete anos faleceu após a explosão de um foguete na Praia das Cordas, em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis. O caso ocorreu às 9h deste domingo (7).
De acordo com informações da Polícia Civil, havia um homem que estava atirando foguetes na praia desde cedo, onde a criança e outras pessoas estavam se banhando. O homem foi preso em flagrante, mas solto no final da tarde.
Um dos foguetes lançados pelo homem foi para o mar e explodiu na água, entre o garoto, Murilo Theisen, e o pai dele. O próprio pai foi quem retirou da água o filho. Os bombeiros foram acionados e fizeram os primeiros socorros, mas não foi possível salvá-lo. O comandante de operações aéreas do Corpo de Bombeiros, major George de Vargas Ferreira, que atendeu à ocorrência, disse que, em princípio, o foguete não atingiu a criança.
De acordo com o comandante, não havia lesões aparentes de choque no peito do menino. Porém, só o exame cadavérico do Instituto Médico Legal poderá precisar o que causou a morte. O documento deve ficar pronto ao longo da semana. Conforme as informações que os bombeiros apuraram no local, o garoto teria desmaiado no colo do pai após a explosão.
Quando o helicóptero Arcanjo chegou ao local, havia banhistas fazendo massagem cardíaca no menino. Os socorristas continuaram com os procedimentos por cerca de meia hora, mas sem sucesso.
O homem responsável por disparar os fogos de artifício se chama Gean Fabrício Hang, de 39 anos. Ele foi detido pelas pessoas que estavam na praia até que chegasse a Polícia Militar. O homem, que é natural de São José, foi preso e levado para a Central de Polícia de São José.
Segundo o delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, da Central de Polícia Regional de São José, Gean foi conduzido à delegacia como suspeito de causar a morte do menino, mas acabou sendo solto porque a criança não possuía lesões no corpo, situação que o delegado classificou como “falta de materialidade”.
”Segundo o médico legista, o motivo não foi o rojão, não foi um trauma, foi sim afogamento por asfixia. Tinha água nas vias aéreas do menino”, disse o investigador em entrevista ao portal Diário Catarinense.
O caso será encaminhado para a delegacia de Governador Celso Ramos, que poderá ou não pedir a prisão do homem. O laudo cadavérico fica pronto nessa semana e pode indicar se o menino já tinha se afogado antes da explosão, por exemplo, ou se ele foi se proteger do foguete e se afogou.
O Diário Catarinense entrou em contato com Jean através do celular dele. A esposa do homem atendeu o telefone, confirmou que ele fora solto e logo depois desligou o telefone.
A família de Murilo é natural de Charqueadas (RS) e há seis meses havia se mudado para a Palhoça. Eles estavam aproveitando o domingo na praia de Governador Celso Ramos.