A dona de casa Ivana Figueiredo afirma que estava grávida de gêmeas e quer entender o desaparecimento de uma das bebês
A dona de casa Ivana Figueiredo, 40 anos, está em busca de respostas. Isto porque ela afirma que estava grávida de gêmeas, mas que ao dar à luz recebeu apenas uma bebê. Ainda de acordo com ela, os ultrassons haviam mostrado que ela esperava duas crianças. O parto ocorreu no último sábado (18) no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, Roraima. “Eu esperava sair de lá [maternidade] com duas crianças. Depois do parto, que eles fossem comigo até o leito pra explicar o que aconteceu com a outra criança”, disse Ivana em entrevista ao portal G1.
Esta era a sexta gestação de Ivana. Ela afirma ter feito o pré-natal corretamente e disse que três exames confirmaram que ela esperava duas meninas.
A última ultrassonografia de Ivana foi realizada no dia 31 de outubro e confirmou a gestação de duas crianças. O exame foi feito no Centro de referência da Mulher, órgão do governo do estado, e os outros foram em clínicas particulares. Enquanto esperam por respostas, os pais cuidam da Iara Iasmim, nome que seria dados às duas meninas.
Uma nota da Secretaria de Saúde (Sesau) disse que foi constatado que havia apenas uma criança no momento do parto e que o procedimento foi realizado por médicos obstetras com mais de 20 anos de experiência.
“A família foi orientada pela equipe da unidade sobre os procedimentos que deveriam adotar caso quisessem questionar formalmente a informação repassada pelos médicos durante o pré-natal ou durante o parto, para apuração dos fatos”, garantiu a Sesau em nota.
Contudo, segundo o marido de Ivana, André Freitas, a informação não procede. “Ninguém conversou comigo. Ninguém me deu resposta de nada, porque o que eu quero são respostas”, contestou o pai.
Irlene Figueiredo, uma das filhas de Ivana, foi quem acompanhou a mãe no dia do parto. O hospital descumpriu a lei do acompanhante e só autorizou a entrada da jovem no centro cirúrgico após o nascimento da bebê. “Eu fiquei esperando e quando me chamaram ela já tinha tido a neném. Eu fiquei em estado de choque. Só queria saber onde está a minha outra irmãzinha”, explicou Irlene em entrevista ao portal G1.
A família fez um boletim de ocorrência sobre o caso e irá procurar o conselho regional de medicina.
Confira a íntegra da nota da Secretaria de Saúde de Roraima sobre o caso:
“A Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) esclarece que segundo informações do Hospital Materno Infantil, no momento do parto da referida paciente, realizado por médicos obstetras com mais de 20 anos de experiência, foi constatado que havia apenas uma criança. O procedimento foi acompanhado pela direção técnica.
A família foi orientada pela equipe da unidade sobre os procedimentos que deveriam adotar caso quisessem questionar formalmente a informação repassada pelos médicos durante o pré-natal ou durante o parto, para apuração dos fatos.
Lembramos que a gestão das unidades não interfere na relação médico-paciente e qualquer investigação administrativa sobre a conduta médica deve ser realizada pelo conselho da categoria.
As unidades de saúde do Estado fornecerão todas as informações que lhes forem solicitadas a fim de esclarecer o caso”.