Mãe adota bebê com doença terminal: “Ele vai ser amado antes de morrer”

Bruna Stuppiello

Veja a história emocionante desta família que adota crianças com doenças terminais

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A mamãe americana Cori Salchert decidiu abrir seu lar para confortar bebês com doenças terminais porque não quer que eles morram sozinhos e sem saber o que é ser amado. A casa de Cori e de seu marido Mark é chamada carinhosamente de Lar da Esperança.

Cori e Mark tem oito filhos biológicos, mas decidiram também adotar bebês com doenças terminais cujas famílias biológicas consideraram ser difíceis demais de lidar.

No momento, o casal está cuidando com muito amor e carinho do pequeno Charlie, de dois anos. “Charlie vai morrer em breve, não temos dúvidas disso. Mas enquanto isso não acontece nós podemos fazer a diferença em como ele vive e a diferença para ele é ser amado antes de morrer”, disse Cori em entrevista ao jornal Sheboygan Press.

Cori decidiu ajudar crianças em estado terminal porque uma de suas irmãs contraiu meningite quando criança e isto fez com que a menina ficasse com deficiência física e mental. Diante disso, os pais de Cori fizeram com que a menina fosse viver em um lar para pessoas com deficiência. Cori ainda era criança, mas sofria muito em imaginar sua irmã sozinha em um abrigo, passando por inúmeros problemas de saúde sem o apoio de sua família.

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Então, quando cresceu, Cori se tornou uma enfermeira e decidiu ajudar família a lidar com bebês com problemas de saúde graves. Este trabalho fez com que ela visse que existiam uma série de bebês em estado terminal que eram abandonados por suas famílias. E que estas crianças passavam toda a sua curta vida sozinhas em um berço no hospital. Foi então que ela decidiu que levaria essas crianças para casa.

Assim, em 2012 Cori e Mark adotaram uma menininha de duas semanas de vida. A menina estava em estado vegetativo e havia nascido sem boa parte do cérebro. “Ela poderia ter morrido em um hospital, em volta em um cobertor e com pouca atenção. Mas nós a levamos para casa e lá ela viveu cercada de amor por 50 dias. Nós a segurávamos constantemente no colo. Ela morreu cercada de amor no meu colo, depois de cada membro da família ter segurado ela no colo e lhe dado um beijo. Morreu ouvindo as batidas do meu coração. Ela não sofreu e, mais importante, ela não estava sozinha”, disse Cori.

Outra criança que ficou na casa de Cori foi Jayden. Este menino milagrosamente superou todas as expectativas médicas e se tornou um bebê saudável. Depois, ele foi adotado por um primo de seus pais biológicos.

Em outubro de 2014, a família adotou o pequeno Charlie, que tinha quatro meses de vida na época. O menino tem uma condição rara em que as crianças costumam sobreviver no máximo até os dois anos de vida. Ao lado de Cori e sua família, o pequeno Charlie celebrou os dois anos de vida em junho. “Nós fazemos tudo que podemos para amar muito o Charlie”, disse Cori.

Cori admite que nem sempre é fácil, e que muitas vezes seus filhos biológicos ficaram chateados porque ela teve que levar Charlie ao hospital e não pode comparecer a algum evento em família. Mas também afirma que os irmãos amam tanto Charlie quanto ela e Mark. “Nós amamos muito essas crianças e ficamos muito mal quando elas morrem, mas nossos corações são como vitrais. Os vitrais são feitos com vidros quebrados que depois foram forjados juntos novamente e se tornaram ainda mais fortes e bonitos do que antes”, conclui Cori.

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