Mulher adota mais de 600 crianças órfãs: “tinha muito amor pra dar”
A americana ofereceu abrigo para mais de 600 crianças que não tinham um lar
Linda Herring passou grande parte da vida cuidando de crianças em um abrigo. Foram mais de 50 anos administrando e sendo guardiã de todos os pequenos que passaram pela creche que ela mantinha na própria casa. Hoje, aos 75 anos de idade, essa senhora recebeu uma linda homenagem por ter ajudado e mudado a vida de tanta gente.
Nascida em Iowa, Estados Unidos, ela teve a ideia de criar um lar adotivo quando uma amiga bem próxima fez o mesmo – para receber meninas adolescentes. A diferença é que Herring gostava de cuidar, em especial, de meninos e meninas mais novos. Foi então que ela conversou com o Departamento de Serviços Humanos de sua cidade e concordou em ser guardiã de pequenos com necessidades médicas.
Com o tempo, o coração dessa mãe ficou ainda maior e a idade já não importava mais. Nem mesmo as necessidades especiais que o futuro filho poderia ter. Herring até viaja para buscar uma criança necessitada, se fosse preciso. “Eu adoro meus filhos adotivos como se fossem meus, provavelmente mais do que eu deveria. Chorei quando deixaram minha casa, não importa quanto tempo estiveram por lá”, afirmou Linda Herring, em entrevista à CNN.
Mãe de cinco filhos biológicos, ela ainda adotou legalmente três filhos que estavam sob seus cuidados no abrigo. Um deles, Anthony Herring revelou que quando se tornou pai conseguiu compreender ainda mais o grande gesto de amor que a Senhora Herring demonstrou por ele. “Sou eternamente grato pela vida que me deram. Ela e o pai me ensinaram que família não se determina pelo sangue. Família é quem você tem na vida para amar”, disse Anthony.
Em outubro de 2019, Herring decidiu se aposentar. Não sem antes ter passado pela vida de 600 meninos e meninas, ao longo de 5 décadas cuidando do abrigo! A idade avançada e alguns problemas de saúda já não lhe permitia mais receber novos filhos. Ela recebeu uma grande homenagem organizada por um órgão da Prefeitura do Condado de Johnson.
No evento, Herring disse que a principal dificuldade ao longo desses anos era a hora da despedida. Mesmo assim, ela disse que não se arrepende de absolutamente nada e faria tudo de novo. “Sempre perguntei: por que continuo fazendo isso? Nunca foi fácil dizer adeus a um deles. Mas continuei fazendo porque tinha muito amor para dar”, conclui.