Alerta: hackers estão invadindo babás eletrônicas
Entenda os casos e veja atitudes que te ajudam a se proteger dos ataques
As babás eletrônicas são aparelhos utilizados por muitos pais para que possam observar seus filhos. Porém, para alguns deles este aparelho ao invés de ajudante, tornou-se um grande problema. Isto porque hackers têm invadido algumas babás eletrônicas.
Nos Estados Unidos dois casos ganharam notoriedade. Em um deles, um hacker interceptou a comunicação entre uma babá eletrônica e o celular que monitorava em vídeo e áudio o sono de uma bebê de dez meses da cidade de Hebron, em Ohio nos Estados Unidos. O invasor observou o sono da bebê por algum tempo e depois passou a gritar: “Acorda, neném!”.
O grito acordou os pais Adam e Healther Schreck, que correram para o quarto da bebê. Ao chegarem lá, de acordo com a emissora Fox19, eles viram a câmera da babá eletrônica se movendo rapidamente até que apontou para o pai da bebê e passou a gritar uma série de obscenidades.
Outro caso que ficou conhecido nos Estados Unidos ocorreu em Harris County, no estado de Houston. Uma bebê de dois anos estava dormindo quando uma voz feminina começou a chamar a pequena pelo seu nome e a xingá-la.
No Brasil, o primeiro caso do tipo foi relatado recentemente para a revista Crescer. A vítima foi a mãe Raquel Keppe, que tem dois filhos, Eduardo, 4 anos, e Thiago, 1 ano. Raquel percebeu que a babá eletrônica se comportava de forma estranha há oito meses. Primeiro, a mãe viu a câmera se mexer do nada. Meses depois, ela começou a ouvir uma música infantil vinda do quarto de seu caçula e ao chegar lá percebeu que o som vinha da babá eletrônica. Algumas semanas depois, ao se deparar com uma reportagem sobre a invasão de hackers em babás eletrônicas, Raquel percebeu que também havia sido vítima disto.
Marca e como se proteger
Esses três casos têm algo em comum, em todos eles as babás eletrônicas eram da marca Foscam. Esta babá eletrônica possui uma opção de acesso remoto, por meio de login e senha, o que pode facilitar que seja invadida. Neste caso, alterar a senha e escolher uma senha difícil ajuda a prevenir este tipo de ataque.
Outros cuidados importantes para ter com sua babá eletrônica são sempre manter o software do aparelho atualizado e alterar a senha do seu wi-fi com frequência.
Quem foi vítima deste crime pode fazer um boletim de ocorrência na delegacia de crimes eletrônicos. A invasão de babás eletrônicas é um crime, se encaixa na lei Carolina Dieckmann e pode levar de três meses até um ano de reclusão e multa.