É o que afirma uma pesquisa que analisou 59 marcas mais famosas de mordedores dos Estados Unidos e descobriu que todas tinham BPA
Todos os pais se preocupam em oferecer aos seus bebês apenas produtos que não prejudiquem a saúde, por isso, muitos checam os rótulos para saber se o produto realmente é seguro, mas o que fazer quando o próprio rótulo mente? Uma pesquisa publicada na revista científica Environmental Science and Technology que pertence a Sociedade Química Americana descobriu que as 59 principais marcas de mordedores dos Estados Unidos contam com o Bisfenol A (BPA) e outras substâncias que podem ser prejudiciais para o bebê.
Muitas dessas marcas de mordedores que apresentaram o BPA em sua composição inclusive afirmavam no rótulo que não continham esta substância. Pesquisas têm associado o BPA a problemas hormonais, cardíacos, autismo além de prejudicar o desenvolvimento dos bebês. Outros mordedores também apresentaram uma substância chamada triclosan que estudos tem associado ao câncer no fígado.
No Brasil, produtos para bebês contendo o BPA foram banidos desde 2012. Porém, as principais marcas de mordedores dos Estados Unidos são também muito consumidas no mercado brasileiro e como elas afirmam não ter o temido BPA são compradas por pais sem medo. “Os pais olham o rótulo e está escrito que o produto não tem BPA, então eles assumem que o produto de fato não possui a substância. Mas, infelizmente, os químicos estão lá, mesmo em baixa quantidade, mas estão”, disse o autor do estudo Kurunthachalam Kannan, membro do Departamento de Saúde de Nova Iorque.
De fato, os pesquisadores observaram que os mordedores contam com baixa quantidade de BPA. Porém, como ainda não se sabe se existe uma quantidade segura de BPA para os bebês, mesmo concentrações baixas desta substância são motivos para preocupação.
Por isso, é essencial que mais pesquisas sejam realizadas para entender se os mordedores realmente possuem estas concentrações de BPA e então mudar a maneira como o produto é elaborado, caso seja necessário.