Bebê de 3 anos morre em SP após tomar a vacina contra febre amarela
O menino faleceu em Osasco, na Grande São Paulo, sete dias após tomar a vacina contra febre amarela
Um bebê de três anos e quatro meses morreu em Osasco, na Grande São Paulo, sete dias após tomar a vacina contra a febre amarela. A informação foi confirmada pelo Hospital e Maternidade Renascença Osasco, onde o menino estava internado, e também por sua família.
É importante deixar claro que casos de morte em decorrência à vacina contra febre amarela são muito raros. De acordo com o FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), esses casos ocorrem em uma a cada 400 mil doses da vacina aplicadas. Já as chances de reações adversas, como febre e dor no corpo, afetam entre 2% e 5% dos vacinados.
Em entrevista ao UOL, os familiares do menino, que preferiram não se identificar, contaram que o pequeno foi vacinado no dia 12 de janeiro. A vacina foi dada porque ele morava em Carapicuíba, região onde a imunização está sendo recomendada. “O próprio pediatra indicou que ele fosse vacinado”, afirmou um familiar em entrevista ao portal UOL.
Dois dias após tomar a vacina, o menino começou a apresentar algumas reações preocupantes. Ele teve febre de 39 graus, muita ânsia de vômito e então foi levado pela primeira vez ao hospital. “Ainda que ninguém imaginasse que pudesse estar relacionado à vacina, já nessa primeira consulta, os médicos foram alertados de que ele tinha sido vacinado recentemente”, contou um familiar em entrevista ao UOL.
A criança foi submetida a exames nesta primeira internação, mas como não foi observado nenhuma alteração, ela foi liberada. Os sintomas continuaram e os pais voltaram para o pronto-socorro nos dias 16 e 18 de janeiro, quando foi diagnosticado com infecção de garganta e um leve comprometimento no pulmão. “Na sexta-feira, ele sofreu uma convulsão, que provocou uma parada cardíaca e ele não aguentou”, afirmou um familiar.
Após a morte do menino, o laudo emitido no Boletim de Ocorrência indicou óbito como “reação adversa da vacina da febre amarela”, disse a família. “O próprio pediatra do menino relacionou a febre alta à vacina.” Mesmo assim, o hospital afirma estar aguardando as conclusões do IML (Instituto Médico Legal).
“O que mais nos assusta é saber que ele morreu mesmo estando muito bem de saúde. Sem ter nenhuma contraindicação”, afirma a família ao UOL. Eles também disseram que entendem que o caso foi uma “fatalidade”.
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo afirmou ao UOL que não irá confirmar casos específicos de mortes, mas irá divulgar semanalmente (todas as sextas-feiras) o boletim epidemiológico da febre amarela no Estado.
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